A ministra do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), Carmen Lúcia, ordenou a remoção de publicações que ligam o Partido dos Trabalhadores (PT) com a distribuição de material erótico em escolas. Um vídeo mentiroso dizia que, no Ceará, cartilhas distribuídas a crianças e adolescentes incentivavam a pedofilia e ensinavam masturbação. O vídeo foi produzido e disseminado em 2019 mas resgatado após o primeiro turno das eleições presidenciais.
De acordo com a ministra, “o perigo do dano ou o risco ao resultado útil do processo é evidenciado pela possibilidade de acesso à postagem por número cada vez maior de pessoas, o que acarreta a propagação de ofensa à honra e à imagem do partido e do candidato”. Um prazo de 24 horas foi estabelecido para que o Twitter e TikTok removam o conteúdo falso de suas plataformas, além do informe de dados para a identificação dos responsáveis pela postagem do vídeo.
Essa não foi a primeira vez que o partido é vítima de campanhas de fake news. Nesta terça-feira (11/10), o TSE também ordenou que o vereador Nikolas Ferreira (PL-MG) apague um vídeo publicado em suas redes sociais no qual associa o candidato a presidência Lula (PT) a falsos incentivos de uso de drogas por adolescentes, entre outras ações inverídicas. O ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, autor da decisão, afirma que o objetivo do vídeo “consistiu na disseminação de discurso manifestamente inverídico e odioso que pretende induzir o usuário da rede social a vincular o candidato como defensor político das práticas ilícitas e imorais acima mencionadas”.