Diorama.
A fotógrafa Tatiana Ribeiro registrou com seu olhar, alguns momentos do trabalho do artista visual Alexandre Silveira, chamado Diorama, a partir do confinamento imposto pela pandemia de COVID-19. O artista recolheu, durante o outono e o inverno de 2020, folhas secas da árvore chapéu-de-sol, em frente à casa onde morava e foi espalhando no chão do seu apartamento, passando a viver os outros seis meses do ano pisando sobre folhas secas.
“Com o tempo suspenso lá fora, a rotina remota aqui dentro, perdemos a conexão com um futuro possível. A vivência com o mundo externo, passou a ser dada somente pela mediação das telas. Resolvi trazer as folhas para casa, quase como uma necessidade de voltar a habitar um tempo que é de fora, no som das folhas ao andar, no cheiro do quarto ao acordar. É como se o inverno da mata atlântica, entrasse pela porta da sala resolvendo ficar.”
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Sobre Alexandre Silveira
Alexandre Silveira, criador de Diorama, é artista visual, bacharel em arquitetura e urbanismo e atualmente é mestrando do IAU – Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP São Carlos. Suas obras transitam por linguagens variadas, processos que de algum modo são contaminados pela sua formação em arquitetura. Investiga conteúdos físicos e simbólicos da cultura humana, seus paradigmas e suas implicações históricas no indivíduo e no processo de construção de subjetividades morais e hegemônicas. Entre as exposições que participou em 2020 destacam-se o Galpão Liminal da Bienal de BangKok; a exposição empena na quarentena da Lona Galeria em São Paulo; o 2º Fórum Internacional de Performance na Grécia; o Simultan Festival UNSEEN na Romênia; a exposição “metro y médio de distância” na Galeria KIOSKO na Bolívia; e o 17º Território das Arte em Araraquara.
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Para conhecer mais o trabalho dos artistas
Tatiana Ribeiro: https://www.instagram.com/tatianaribeiro/
Alexandre Silveira: https://www.instagram.com/a_a_silveira/
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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, recriar seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, de quintal, de rua, documentação desses dias de novas relações, essenciais, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.
Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente