O Garimpo ilegal de Jacareacanga no Estado do Pará declarou uma verdadeira guerra terrorista aos Munduruku na manhã do dia 25 de maio quando detalhes da Operação Mundurukânia envolvendo o IBAMA, Força Nacional e Policia Federal foram vazados momentos antes para os grupos criminosos que, rapidamente, responderam com violência contra lideranças indígenas Munduruku.
Os ataques foram direcionados às lideranças indígenas das comunidades, entre elas Maria Leusa na Aldeia Fazenda Tapajos na TI Munduruku, mesmo com a presença da Polícia Federal na área. Os garimpeiros têm trânsito livre com armamento e galões de gasolina em picapes e lanchas de pequeno porte.
A Operação Mundurukânia tem como objetivo o combate da prática clandestina de garimpos nas terras indígenas Munduruku e Sai Cinza.
Ação terrorista dos garimpeiros contra os Munduruku
Em janeiro deste ano o vice-presidente Hamilton Mourão, se encontrou dia 25 com José Altino Machado, fundador da União Nacional dos Garimpeiros e Dirceu Frederico dos Santos Sobrinho, Presidente da Associação Nacional do Ouro (ANORO), para definir políticas públicas mais flexíveis para a prática do garimpo no Brasil. Sabe-se que o maior entrave para a prática é a presença indígena assim como as TIs e áreas preservadas.
A proximidade de Mourão com o garimpo não é de hoje, assim como Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque do MME e Ricardo Salles do MMA.
O Prefeito Sebastião Aurivaldo Pereira Silva e seu vice prefeito Valmar kaba Munduruku, ambos apoiadores do garimpo ilegal em TI Munduruku, incitaram de forma proposital os garimpeiros da região a iniciar os ataques coordenados ao Território Indígena Munduruku, atacando fisicamente e queimando suas casas nas aldeias.
O garimpo virou pauta internacional com o avanço nas terras indígenas causando a morte por desnutrição, envenenamento por mercúrio e isolamento das etnias assim como práticas violentas que remontam para o terrorismo do oriente médio com ataques coordenados através de redes sociais e Whatsapp.
Recentemente os yanomami sofreram ataques dessa natureza também pelo garimpo com o aval federal e sua política parasita.
Após atacar a aldeia Fazenda Tapajós, onde mora a coordenadora da associação Wakoborun os garimpeiros e seu terrorismo seguem para aldeia de Ademir Kaba e Ana Poxo, lideranças Munduruku.
Essa semana o ministro Luís Roberto Barroso, do STF decretou adoção de medidas contra o avanço do garimpo nos territórios Munduruku e Yanomami graças ao pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para proteção dos povos Munduruku e yanomami.
“Ainda que pudesse haver qualquer dúvida sobre a ameaça” à vida e à saúde das populações indígenas, “os elementos apresentados são suficientes para recomendar que se adotem medidas voltadas à proteção de tais povos”, afirma Barroso. (Fonte: Agência Brasil)
É preciso que os orgãos federais em questão, atacados no exercício de sua função tomem as devidas providências em descobrir de onde saiu o vazamento de uma operação como essa que minimizaria os impactos da prática ilegal do garimpo em território indígena protegido pela União assim como apurar os culpados pela ação terrorista que se iniciou com apoio municipal.
O Terrorismo virou política pública no país em que o Genocídio tem líder declarado e apoiadores. Chegamos ao ponto em que uma prefeitura em um estado democrático declarou guerra civil a uma etnia onde o garimpo é a bandeira e o garimpeiro o juiz e executor da sentença.
Toda força ao povo Munduruku e aos Territórios indígenas.