Presidente Maduro condena “irresponsabilidade” de Bolsonaro na gestão da pandemia

Venezuela denunciou o governo brasileiro na ONU por considerar uma ameaça sanitária regional
Maduro expressou solidariedade com o Brasil pela crise sanitária da covid-19

O presidente venezuelano Nicolás Maduro reiterou suas críticas à gestão de Jair Bolsonaro da pandemia da covid-19, durante um ato político, nesta sexta-feira (26). A Venezuela, assim como outros países vizinhos, vive uma segunda onda de contágios com o registro dos primeiros casos das variantes P1 e P2, identificadas no Brasil.

Por Michele de Mello /Brasil de Fato

O embaixador venezuelano na Organização das Nações Unidas (ONU) exigiu uma resposta do organismo para frear as ações do governo brasileiro. O descontrole da propagação do vírus no território brasileiro também é visto com preocupação pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

“Expressamos nossa solidariedade com o povo brasileiro que enfrenta uma das piores crises sanitárias pela atitude irresponsável do governo frente a pandemia da covid-19”, declarou Maduro durante uma reunião preparatória para o Congresso Bicentenário dos Povos, que será realizado na Venezuela, nos dias 21 a 24 de junho, para celebrar a Batalha de Carabobo, decisiva para a independência do país.

O chefe de Estado venezuelano reiterou que além de manter a oferta de oxigênio para os hospitais do estado do Amazonas, também está aberto a novos acordos com autoridades do estado do Amapá.

Enquanto o Brasil ultrapassa 12 milhões de infectados e 300 mil falecidos, a Venezuela possui uma taxa de recuperação de 90% dos contaminados, com 154 mil casos registrados e 1.532 falecidos pela covid-19, desde março do ano passado, segundo dados oficiais.

Maduro agradeceu a solidariedade internacional afirmando que foi fundamental para oferecer insumos médicos ao país bloqueado, durante o último ano de pandemia

Leia também: Venezuela adota tratamentos alternativos para pacientes com sequelas da covid-19

O encontro virtual contou com mais de 1.800 representantes de movimentos sociais, estudantis, sindicatos e partidos políticos dos cinco continentes. O objetivo é apresentar propostas para avançar na unidade dos povos. A atividade está diretamente vinculada com o Foro de São Paulo e a Assembleia Internacional dos Povos. 

“Nesse momento de pandemia, de crise do capitalismo mundial, é fundamental que todos os povos estejam juntos pela soberania, pela autodeterminação dos povos e nações, pela defesa da carta das Nações Unidas”, afirmou a secretária executiva do Foro e militante do Partido dos Trabalhadores (PT), Monica Valente.

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