Capítulo 3: A manhã em que aprendizes foram recebidos por sete viaturas da PM, tiveram que deletar imagens do celular e um jovem foi parar na delegacia
O sucateamento do ensino e a notícia de que haverá demissão em massa dos educadores motivou cerca de 30 aprendizes a ocupar mais uma Fábrica de Cultura em São Paulo. Assim, além da unidade do Capão Redondo, uma nova ocupação acaba de ser instaurada no Jardim São Luís. Ambas são gerenciadas pela Organização Social Poiesis, que tem como diretor Clóvis de Barros Carvalho, um dos fundadores do PSDB de Alckmin e também ex-ministro da Casa Civil do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diante do protesto, a Poeisis, em vez de tentar diálogo, chamou a Polícia Militar. Sete viaturas da estão na porta do local e os aprendizes foram abordados de maneira intimidatória. Dois cinegrafistas foram obrigados a apagar entregar cartões de memória de câmeras e apagar fotos de celulares que registraram o momento em que a polícia entrou no local. “Um PM dizia que iria nos levar pra delegacia e um outro falava que, não, ‘vamos resolver nós mesmos'”, conta um jovem que passou pelo enquadro policial e foi liberado sem seu material de registro da ocupação. Um aprendiz foi levado para o 92ªDP. A alegação foi a de não estar com o documento de identidade (RG) e resistência à prisão. A situação é tensa. Toda solidariedade no local é urgente!
Força aprendizes em luta!
[aesop_gallery id=”21218″]
Reportagem: Adolfo Várzea, Flávia Martinelli e Sato do Brasil
Fotos: O Mal Educado e aprendizes
Acompanhe também nos links do Facebook:
Primeiro capítulo: https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/374805742643309
Segundo capítulo: https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/375040505953166
Terceiro capítulo: https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/375147399275810
