Todas as regiões do pais desaprovam Bolsonaro

Bolsonaro na reunião ministerial: Poderoso Chefão xingou, ameaçou, se fez de vítima. Governar que é bom...
Bolsonaro na reunião ministerial: Poderoso Chefão xingou, ameaçou, se fez de vítima. Governar que é bom...

A Datafolha fez uma pesquisa nos dias 25 e 26 de maio e ouviu por telefone 2065 pessoas.

A desaprovação a Bolsonaro não para de crescer. O ruim e péssimo chegou a 43% , mas Bolsonaro ainda mantém 33% de ótimo e bom. O ruim e péssimo subiu de 38% para 43%.

Ruim e péssimo é maior em todas as regiões do país e supera ótimo e bom, mesmo que seja por margem estreita na região Sul (39 a 35%), Norte e Centro-oeste (38 a 37%);  no  Sudeste  (45 a 33%) e no Nordeste (48 a 29%). O ruim e péssimo lidera nas regiões metropolitanas (49 a 32%) e também é maioria no interior (40% a 34%). Por renda, destaco que entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, 43% vêem a gestão como ruim e péssima e 31% como ótima e boa. A rejeição, ou o ruim e péssimo, é maior entre as mulheres e chega a 49% entre os jovens.

A desaprovação de Bolsonaro é a maior entre os presidentes eleitos. Para tempos similares de governo.

A grande maioria dos brasileiros não confia nas declarações de Bolsonaro (44%) e somente 21% confiam nas suas declarações.

Cresce sem parar o número de brasileiros que acreditam que Bolsonaro não age como presidente, e 37% acham que não está a altura do cargo e consagram o termo “despresidente” e “desgoverno”. 52% vêem que o despresidente não tem capacidade de liderar o país; neste quesito, no começo de abril, 44% não acreditavam na sua capacidade de comandar o país, ou seja, em dois meses este percentual subiu 8% pontos.

Já na pandemia a atuação do despresidente é vista por 50% como ruim e péssima, e percentual não para de crescer;  pelo um terço dos brasileiros apontam que Bolsonaro é muito responsável pelo avanço da pandemia. Para os governadores este percentual é bem menor, chegando a 19%.

E, por último, 16% dos entrevistados fez o pedido para o desgoverno e não recebeu nenhuma parcela do auxílio emergencial; já entre os mais pobres, 21% dos entrevistados não foi contemplado e não recebeu nenhum recurso

Como vemos, vem aumentando a desaprovação de Bolsonaro, e vão se estabelecendo as condições para a sua queda, embora um terço do eleitorado pesquisado ainda defenda o despresidente.  No entanto,  os efeitos da grave crise econômica que já se percebe, além da grave crise política, agudizada pelos ataques constantes a democracia, e o avanço das investigações sobre fake news – que podem indicar crimes cometido por Bolsonaro e seus apoiadores – podem vir a enfraquecer ainda mais este desgoverno.

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