“Esquecer não é uma alternativa”: memórias da invasão militar na UnB em 1968
Há 54 anos, militares invadiam, torturavam e prendiam estudantes da UnB por resistirem à ditadura
Dermi Azevedo, uma vida dedicada aos Direitos Humanos
Jornalista e cientista político, falecido nesta quarta, foi preso duas vezes por sua militância e teve o filho de um ano e oito meses torturado pela ditadura
Quem prenderá o alto comando?
Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amar:l.
A cúpula militar sabotou as eleições em benefício próprio. Seus integrantes assumiram importantes cargos no governo que ajudaram a eleger; seus protegidos foram agasalhados na administração pública. Contam-se aos milhares.
Militar que intimida juiz deve ser julgado e preso, assim como o magistrado que não se dá ao respeito.
Quem prenderá os generais que agiram contra a soberania popular? Quem julgará a Corte que se deixou intimidar, e, intimidada, fraudou o direito?
Paulo Coelho relata as décadas de chumbo
Vou para a casa de meus pais. Minha mãe envelheceu, meu pai diz que não devo mais sair na rua. Procuro os amigos, procuro o cantor, e ninguém responde ao meus telefonemas. Estou só: se fui preso devo ter alguma culpa, devem pensar. É arriscado ser visto ao lado de um preso. Saí da prisão mas ela me acompanha. A redenção vem quando duas pessoas que sequer eram próximas de mim me oferecem emprego. Meus pais nunca se recuperaram.
E são essas décadas de chumbo que o Presidente Jair Bolsonaro – depois de mencionar no Congresso um dos piores torturadores como seu ídolo – quer festejar nesse dia 31 de março.
Cordão da Mentira. A democracia dos massacres e o massacre da democracia
O Cordão da Mentira faz ato virtual contra o fascismo, o genocídio e a militarização da vida
Ex-presas políticas apoiam Dilma Rousseff
Em carta endereçada ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional, 23 vítimas da tortura na ditadura militar cobram providências das instituições democráticas contra agressão de Jair Bolsonaro. Entre as signatárias, Maria Amélia de Almeida Teles, Eleonora Menicucci, Iara Seixas e Lenira Machado. “Não permitiremos que nosso país mergulhe de novo no fascismo e no obscurantismo”, apontam