TSE fica cada vez mais descarado

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), responsável por organizar e garantir a legitimidade e a legalidade do processo eleitoral no país, vem há tempos mostrando que tem lado nessa eleição. E não é o lado da Democracia.

O primeiro passo de parcialidade foi barrar a candidatura do ex-presidente Lula. Contrariando resoluções do conselho de Direitos Humanos da ONU e diversas interpretações, dadas por nomes importantes do Direito brasileiro, que entendiam ser possível para o ex-presidente concorrer.

O Tribunal também atentou contra a imprensa. Jornais pediram para entrevistar Lula e tiveram suas funções democráticas censuradas.

Em um terceiro momento, um dos mais flagrantes e sem espaço para interpretações, quando fez vista grossa para as entrevistas ilegais que algumas emissoras de TV fizeram com o candidato Bolsonaro. É proibido, pelas leis eleitorais, tratamento privilegiado para qualquer candidato, buscando manter igualdade entre todos os que concorrem a cargos eletivos.

E agora a mais absurda das situações se mostra. O jornal mais prestigiado do país, muitas vezes criticados por nós JLs, ontem trouxe para conhecimento público um esquema gigantesco (no valor de doze milhões, em um contrato apenas) de caixa dois, ligado a campanha do candidato Bolsonaro, para distribuição de fakenews pelo WhatsApp. O Tribunal ainda não se pronunciou.

Marcou ontem (18) mesmo uma coletiva para hoje às 16h. Remarcou para domingo (21) às 14h. A justificativa apresentada foi a agenda atribulada dos integrantes da coletiva que será feita pela presidente do Tribunal, Rosa Weber, os braços militares do governo Temer: o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Sérgio Etchegoyen. Junto estarão a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro.

Um pronunciamento que demora, lembrando que ministros do próprio TSE já afirmaram que as eleições poderiam ser invalidadas caso influenciadas por fakenews.

COMENTÁRIOS

3 respostas

  1. O “com Supremo, com tudo” vai bem adiante de nossas mais pessimistas previsões: estamos ferrados. Nem acho que haja leniência com o (terrivelmente) óbvio esquema de uma ditadura “eleita”. Seria pior: o Judiciário integra-o.

  2. E desde quando o TSE precisa de benção de poderes do Executivo?!?! o TSE até parece que assumiu ser um “puxadinho” do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), general Sérgio Etchegoyen, assim como da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, da advogada-geral da União, Grace Mendonça, e do diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rogério Galloro. Se não sabe decidir que está fazendo como Presidente da TSE?

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