Por Bruno Falci, de Lisboa, para os Jornalistas Livres
As mais de quarenta organizações afirmam que, face à grave evolução da situação no Brasil, a prisão de Lula constitui mais um passo no desenrolar do golpe de Estado institucional, iniciado em 2016, com o escandaloso afastamento da legítima presidenta Dilma Rousseff.
O protesto teve como objetivo denunciar e expressar a condenação de uma decisão que tem por objetivo impedir a candidatura de Lula às eleições presidenciais em outubro e procurar assegurar a continuidade de um governo que, a serviço dos grandes interesses financeiros e econômicos, está a destruir tudo o que de mais positivo foi alcançado pelo povo brasileiro, em matéria de direitos sociais e melhoria das condições de vida, durante os mandatos presidenciais de Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Segundo o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), que teve a iniciativa do ato, é necessário dar expressão à mais ampla indignação e denúncia deste gravíssimo processo antidemocrático, desmascarando igualmente a campanha de desinformação e manipulação mediática feita pela grande imprensa no Brasil.
Conclamaram toda a sociedade portuguesa a condenar o golpe institucional, as medidas arbitrárias e as ações de violência contra responsáveis e ativistas políticos e sociais brasileiros, e em defesa da democracia e pelo respeito aos direitos do Lula.
Prestaram solidariedade ao povo irmão brasileiro e à sua luta em salvaguarda dos direitos e garantias democráticas no Brasil e contra um poder crescentemente repressivo e autoritário.
