Silêncio e rachas na família marcam a derrota de Bolsonaro

Após 17h da vitória de Lula, Bolsonaro se torna o líder que mais demora a se pronunciar e família racha em redes sociais
Bolsonaro (PL) se isola após derrota para Lula (PT). Créditos: Reprodução/Twitte

Na manhã desta segunda-feira (31), usuários do Instagram relataram que Jair Bolsonaro (PL) e sua esposa, Michelle Bolsonaro, haviam deixado de se seguir nas redes. O filho Carlos Bolsonaro e a ex-primeira-dama também pararam de se seguir. Os internautas logo começaram a reagir às “rachadinhas” na família Bolsonaro. “Quantas das 51 casas a Michelle vai pedir no divórcio?”; “Michelle e Bolsonaro confirmados no próximo de Férias com o Ex”; “Michelle, assim como o centrão, já parou de seguir Bolsonaro”, foram alguns dos comentários. 

Além da possível instabilidade conjugal, candidato do PL também deve lidar com a necessidade de se pronunciar publicamente após a derrota diante de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com mais de 17 horas após a divulgação do resultado pelo TSE, Bolsonaro se torna o candidato que mais demora a declarar derrota, superando José Serra que cumpriu o protocolo de ligar para o vencedor após pouco mais de duas horas. 

Durante o discurso para seus apoiadores na Avenida Paulista na noite de ontem (30), Lula afirmou que até as 23h45 não havia recebido o telefonema de Jair assumindo a derrota nas eleições. Enquanto isso, em Brasília, o candidato do PL informou aos assessores que gostaria de permanecer sozinho e não receber visitas. Às 22h as luzes do Palácio da Alvorada se apagaram. 

Na manhã de hoje, recebeu aliados próximos em sua residência, como seu filho e senador Flávio Bolsonaro (RJ-PL), tenente-coronel Mauro Cid e o general Braga Netto (PL), candidato a vice-presidente em sua chapa. Logo em seguida, partiu em um comboio de quatro carros para o Palácio do Planalto, onde chegou por volta das 9h45. No entanto, nenhum pronunciamento foi feito até agora. 

Além disso, Bolsonaro não emitiu qualquer opinião ou declaração pública acerca dos inúmeros bloqueios organizados por caminhoneiros baderneiros bolsonaristas ao redor do Brasil. Essas ações já atingem 10 estados e o Distrito Federal e visam à contestação do resultado eleitoral por uma “intervenção militar”.

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