Na última sexta-feira (14), Seu Jorge sofreu uma onda de ataques racistas durante show no Grêmio Náutico União, clube tradicional de Porto Alegre. As falas preconceituosas ganharam atenção após alguns dos espectadores relatarem e denunciarem o crime nas redes sociais. O evento estava acontecendo para comemorar a reinauguração do Salão União.
De acordo com relatos, era possível ouvir pessoas gritando ofensas como “negro vagabundo!”, “safado!” e um coro que gritava “mito!, mito!, mito!”. Vaias também foram ouvidas acompanhadas por imitações de sons de macacos. Segundo fontes presentes no dia, a grande maioria dos espectadores era formada por pessoas brancas.
O motivo para a avalanche de ataques teria sido o fato de Seu Jorge, pouco antes do fim do show, ter chamado um jovem artista negro para tocar cavaquinho palco. Logo depois, o artista fez uma breve fala contra a redução da maioridade penal e fez um comentário a respeito da morte constante de jovens pretos em favelas.
No domingo (16), o clube se manifestou sobre o ocorrido em texto assinado por José Kolberg Bing, proprietário do estabelecimento, comentando que não eram coniventes com as falas racistas ditas durante o concerto e que estavam apurando os fatos internamente.
“Se for comprovada a prática de ato racista, os envolvidos serão responsabilizados. Afirmamos que o União, seguindo seu Estatuto e compromisso com associados e sociedade, repudia qualquer tipo de discriminação”, diz a nota.
A Polícia Civil também foi comunicada sobre a ocorrência do crime e diz estar investigando o ocorrido a partir de vídeos do dia.
Internautas se revoltaram contra a situação. Confira: