Setor Cultural pede socorro

Desde o início da pandemia da Covid-19, o setor cultural tem enfrentado uma séria falta de apoio governamental para sustentar uma área que ficou paralisada por mais de dois anos. Iniciativas como a Lei Paulo Gustavo trazem um alívio imenso para parte dos trabalhadores do nosso país.

Contudo, os esforços não chegam às cidades do interior, principalmente em São Paulo, como é o caso de São José do Rio Preto, ou mesmo, em Santa Luzia em Minas Gerais.Rio Preto é conhecida como a cidade do FIT – Festival Internacional de Teatro, com mais de 50 anos de história, realizado pela Prefeitura Municipal em parceria com o SESC SP.

No entanto, em comparação com outras cidades administrativas, destina o menor percentual de seu orçamento ao setor cultural, meros 0,35%. Uma verdadeira calamidade! Em Santa Luzia o município ainda não conseguiu publicizar as regulamentações referentes as leis Paulo Gustavo, para o setor de audiovisual.

Recentemente, uma ampla frente uniu desde vereadores mais conservadores até os do campo democrático e, por unanimidade, corrigiu essa situação, estabelecendo que, no próximo ano, 1% do orçamento da cidade seria voltado para a cultura. Neste ano, a correção seria feita por meio de emendas, uma vez que não é possível mexer no orçamento.

Contudo, mesmo às vésperas de inaugurar mais uma edição do FIT, o prefeito Edinho Araújo (MDB) vetou a aprovação da norma que destinava 1% do orçamento para a Cultura, mantendo o amargo 0,35%.Trabalhadores e trabalhadoras do setor estão arrasados. Até quando a desvalorização da arte em tempos de pandemia vai imperar em nossas terras?

Texto: Gabriel Lima / Jornalistas Livres

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