Se não ele, quem?

LULA16 SÃO PAULO/SP 29/10/2009 LULA FENATRAN NACIONAL - O Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, acompanhado no Presidente do BNDES Luciano Coutinho, visita a 17ª FENATRAN (Salão Internacional do Transporte) no Pavilhão de Exposições do Anhembi. FOTO: HÉLVIO ROMERO/AE

O Brasil vive um pesadelo. 
Depois de anos de uma certa confortável comodidade, o golpe que apeou Dilma do poder, revogando os votos de 54 milhões de brasileiros, entre eles o meu, jogou a nação em um abismo sem fundo.
Antes do golpe, e principalmente durante nossa resistência a ele, os brasileiros já se insurgiam uns contra os outros, porém em menor escala do que nos dias atuais.
Todos estamos assustados, porque a violência tem tomado proporções mais que assustadoras.
Sabemos que casos de violência, não nos enganemos, sempre aconteceram.
Lembro-me de ter escrito um artigo para o Portal Vermelho em 2016, onde denunciava fascistas que foram no enterro de um dirigente do PT para jogar panfletos odiosos caluniando a imagem do falecido.
Quem em sã consciência consegue conceber a ideia de ir a um enterro hostilizar a família de um morto?
Lembro-me de duas senhoras, na porta do hospital onde estava internada dona Marisa, com cartazes perguntando “porque ela não se internava no SUS”.
Quem se esqueceu do tristemente célebre cartaz onde se lia “por que não mataram todos em 1964”?
Perplexo, assisti a uma das cenas mais patéticas que já vi, uma cena onde pessoas ajoelhadas, de mãos na cabeça numa posição de rendição, se prostravam diante de soldados com armas em punho junto a bandeiras do Brasil, num gesto que emulava a entrega de suas vidas, de suas almas, de seus pensamentos, do destino de suas vidas.
Pessoas clamando pelo retorno de um tempo onde a violência era prática rotineira do Estado, um tempo que a maioria dessas sequer vivenciou.
Penso que o momento requer sim uma pacificação, mas que tal pacificação não se dará através de armas, da intervenção militar das Forças Armadas.
A pacificação que vejo para esse momento tem apenas um nome.
Se chama Luis Inácio Lula da Silva.
Libertem Lula! Ouçam o clamor popular! Parem de fingir que ele não lidera as pesquisas para as eleições em todos os cenários. Todas as pesquisas em todos os cenários!
Libertem Lula! Entreguem a ele a interlocução com os setores divergentes, entreguem a ele a mediação do drama dos caminhoneiros!
Eu confio em Lula, confio no seu carisma, na sua sabedoria, na sua experiência.
Não se trata de messianismo, não se trata de culto a personalidade.
Trata-se de enxergar a realidade.
Caminhoneiros, querem apoio popular joguem fora todo e qualquer pedido de intervenção militar, isso é uma imbecialidade!
Peçam pela liberdade de um homem como vocês, do povo.
Petroleiros, querem ainda mais apoio do povo, peçam pela liberdade daquele que foi um dos que mais defenderam a pujança e a independência da Petrobras.
Não há nada mais importante no momento do que defender a liberdade de Lula.
Sem que se desfaça a injustiça que é a prisão de Lula o Brasil não poderá seguir adiante.
Não ter julgado os militares responsáveis pelas torturas durante a ditadura mostra bem isso, que quando não se exerce justiça, pode se por todo um projeto de país a perder.
Libertem Lula!
E sigamos em paz, porque paz se faz com justiça, não com violência.

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