Samuel ocupou pela primeira vez, sem medo de ser feliz

Por Kátia Passos

Os acampados se indignam com a quantidade de terrenos sem uso social no país. Samuel, de 44 anos, fala sobre isso.

O brilho no olhar de Samuel era nítido. Ele agradecia a todo o instante, o amigo Michel que já faz parte do movimento há cinco anos e, vendo suas dificuldades financeiras, o incentivou a ser mais um acampado do MTST.

Samuel mora numa casa, ali mesmo na zona sul, no Capão Redondo, com sua esposa, a filha de seis anos e uma cunhada. Eles pagam mil reais sofridos de aluguel. Ele está desempregado e cuida da filha enquanto a esposa trabalha fora.

Perguntamos: o que você está sentindo? A primeira frase: “estou me sentindo muito bem”. Mas, mesmo feliz, ele confessou estar indignado em ver um país com tantas áreas sem uso social e que só acumulam lixo vazias. “Deem uma olhada nesse terreno vazio. Por que está vazio? Eu sei que esse lugar tem dono. Mas as pessoas precisam ocupar e eu sou uma dessas pessoas.”

Acompanhe o vídeo:

 

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