Na última terça-feira (9) foi celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Mais do que um momento de celebração, essa é uma data para reafirmar direitos e resistir. Diversos povos de todo o Brasil organizaram atos, levantando a bandeira dos direitos humanos e da demarcação de terras.
Por Thaís Helena Moraes e Patrícia Cornils
Ubatuba
Participaram representantes das Terras Indígenas (T.I.) BOA VISTA (Tekoa Yakã Porã, Tekoá Jaexaá Porã, Tekoá Akarai), T.I. Renascer (Tekoá Ywyty Guaçu) e a T.I. Rio Silveira (São Sebastião/ Bertioga).
A resistência indígena fez-se presente também em Ubatuba-SP. Os povos Guarani, Mbye e Tupi Guarani reforçaram a importância da luta pela terra e em defesa do meio ambiente. Articulados, realizaram ato que iniciou com concentração no Trevo do Caiçara e caminhada até Marco da Paz.
Participaram representantes das Terras Indígenas (T.I.) BOA VISTA (Tekoa Yakã Porã, Tekoá Jaexaá Porã, Tekoá Akarai), T.I. Renascer (Tekoá Ywyty Guaçu) e a T.I. Rio Silveira (São Sebastião/ Bertioga).
A resistência indígena Guarani, Mbya e Tupi Guarani se expressou por meio de falas, apresentações e artesanatos. As lideranças Ivanildes Kerexu, Marcos Tupã, Luiza Kerexu, Patrícia Ará e Mariano Kuaray Mirim falaram. Eles reforçaram a importância da luta pela terra, Não ao marco temporal, demarcação das terras indígenas, Não ao PL 490 e a defesa e luta pelo meio ambiente.
Fotografias: Mirrah da Silva// @mi.r.rah
Na Política
Também no dia 9 foi publicada uma petição que exige o afastamento do presidente da Funai. Redigida pela Articulação dos Povos Indígenas Brasileiros (Apib), a petição denuncia o descaso do órgão com os direitos dos indígenas. Durante as investigações acerca do desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira, a Fundação não se mobilizou e tentou, inclusive, culpar as vítimas. Marcelo Xavier, presidente do órgão, é aliado da bancada ruralista e representa grande risco para o avanço da demarcação de terras indígenas.
Davi Kopenawa
Em entrevista à Agência Pública, Davi Kopenawa destacou que a união dos povos indígenas é fundamental. “Isso é muito importante porque estamos juntos, é o mesmo problema que estamos enfrentando. É muito importante fazer aliança entre os Yanomami, Munduruku, Kayapó e outros indígenas. É bom para nos fortalecermos e podermos enfrentar o homem da cidade.”
