Mais uma vez, a narrativa que foi estampada nas capas dos jornais não condiz com o que foi a manifestação dos meninos
Texto e fotos de Bruno Miranda, especial para os Jornalistas Livres
O ato do dia 9/12, quarta-feira, que começou às 17h, foi em sua maior parte, um ato de paz, com cânticos e uma energia que só os adolescentes têm. Parecia um daqueles domingos em que todos querem aproveitar ao máximo o dia de descanso sagrado. É uma pena que o que mais vemos reproduzido hoje são os últimos 30 minutos de caos, protagonizados por uma porcentagem pífia dos que estavam lá, e que em nenhum momento participaram das ocupações e de tudo que esses meninos fizeram. Segue um pouco do melhor do que rolou ontem, e do triste fim de mais uma batalha dessa luta, que está longe de acabar.
Estudantes de todas as idades reunidos no começo do ato na Avenida Paulista
Pais e filhos na mesma luta, para que a escola de amanhã seja mais democrática do que a de hoje.
Como índios, alunos se pintam para a luta
Alunos ocupam a avenida Nove de Julho
Algumas das diversas demonstrações de amor durante a marcha
Exibicionismo: black bloc posa para a “foto oficial”, reproduzida na maior parte da grande mídia: os últimos 15 minutos do ato tiveram mais repercussão do que as 4 horas de marcha pacífica
Assim acabou o ato, sob o efeito de bombas de gás manifestantes se dispersam na avenida da Consolação