PT promove debate sobre violações da Lava Jato

Foto Ricardo Stuckert

Sexta-feira, 24/03, o Partido dos Trabalhadores realizou o debate “O que a lava jato tem feito para o Brasil”. O evento teve como objeto expor o panorama político e midiático que o Brasil está vivendo, a maneira “parcial” como a operação é conduzida e a perseguição excessiva ao ex-presidente Lula.
O seminário contou com a presença de nomes importantes do PT, como o ex-prefeito Fernando Haddad, o vereador Suplicy,  o ex-ministro da saúde Alexandre Padilha, os senadores Gleisi Hoffmann, Lindberg Farias, entre outros políticos. Participaram jornalistas renomados como Mino Carta e Fernando Morais.
A primeira parte do pleito foi conduzida pelo presidente do partido, Rui Falcão, e especialistas como os advogados Valeska Zanin Martins e Cristiano Zanin Martins, enfatizaram a importância dos governos Lula e Dilma para a independência do Ministério Publico brasileiro, destacando-se como exemplo internacional de combate a corrupção e transparência, e criticaram a maneira “parcial” como a Lava Jato é conduzida e que a investigação possui processos sem legitimidade. Também participou o professor de Direito Constitucional da PUC-SP, Pedro Serrano, que apresentou informações acadêmicas esclarecendo a teoria e prática do estado de exceção e como esse movimenta- se em um governo até torna-lo um poder ‘desconstituinte’. O acadêmico Luiz Belluzzo, evidenciou a importância das indústrias brasileiras e fez um panorama das consequências econômicas acarretadas pela disputa política e como esse processo está caluniando as Empresas estatais.


A segunda etapa do pleito foi iniciada pelo ex-presidente do clube de engenharia, Raymundo de Oliveira e José Maria, presidente da FUP, Federação Única dos Petroleiros. Ambos enfatizaram a Petrobras como o maior instrumento para a retomada da economia, e que a produção de óleo com o governo do pt teve investimento seguido de lucro e empregos, chegando até 450 mil trabalhadores. Oliveira destacou o Brasil como um país sem projeto de nação, conduzido por crises e acontecimentos. Oliveira referiu-se ao notório crescimento do Brasil junto ao BRICS e que a Petrobras como o maior instrumento para a retomada da economia. Também disse que a corrupção deve ser combatida, mas sem interferir nas empresas nacionais, com o objetivo de quebrá-las.
Em seguida falou o jornalista e escritor do blog “Nocaute”, Fernando de Moraes que, comparou o governo Temer com o período da ditadura militar, pois censura a mídia independente enfraquecendo o direito a informação, expõe e investiga de maneira exagerada os políticos e jornalistas que criticam o governo, além de subornar a os veículos de grande circulação. Repudiou a prisão coercitiva de Breno Altman e do blogueiro Eduardo Guimarães. O editor da revista “Carta Capital”, Mino Carta, esclareceu que a lava jato foi a primeira alavanca do golpe, pois preparou o caminho para concretizá-lo, para depois arruinar Lula e o Partido dos Trabalhadores.  O jornalista citou a discórdia entre Gilmar Mendes e Rodrigo Janot, e que a operação também compromete partidos como PSDB e PMDB.

“Eu tenho preocupação com a democracia”

O encerramento do debate foi feito por Lula, que emocionado, disse das perseguições e difamações injustas que ele e sua família sofrem por causa da operação Lava Jato. O ex- presidente afirmou sua inocência e criticou a conduta do juiz Sérgio Moro e o assédio excessivo da mídia brasileira, dizendo que esses possuem o mesmo perfil do golpe. Lula também citou a prisão coercitiva do jornalista Eduardo Guimarães.

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