Quebrantar.
As fotos fazem parte do ensaio QUEBRANTAR e mostram de forma breve um fato surreal que está acontecendo em Maceió, Alagoas, onde quatro bairros praticamente deixarão de existir em virtude da exploração do sal gema no subsolo, pela mineradora Braskem.
Se há uns 3 anos me dissessem que haveria um tremor de terra e que o meu bairro – Pinheiro, estaria como está hoje eu não acreditaria! Andar pelas ruas do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, assemelha-se a uma cena de guerra. Casas e ruas rachadas, prédios sendo demolidos, pessoas saindo dos seus imóveis em plena pandemia, incertezas quanto ao perigo para quem fica, comércios sem clientes, ruas sem vida, incertezas quanto as indenizações, danos emocionais, histórias deixadas para trás etc…
Por todas essas razões esse ensaio (parte dele) é sem dúvida um grito para que todos possam ver o que está acontecendo. A fotografia tem esse poder, afinal, como bem disse Boris Kossoy, “fotografia é memória e com ela se confunde, é fonte inesgotável de informação e emoção”. Memória, informação e emoção são o norte desse trabalho.
Quebrantar.
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Minibio
Natural em Osasco/SP (1970), residente em Maceió/AL e formação acadêmica em Direito (1995). Em abril de 2017 iniciei estudos mais aprofundados em fotografia (uma paixão antiga), quando, na Escola Criattiva – Maceió/AL, fiz os cursos básico e avançado. As linguagens de Fotografia de Rua, Documental e de Arte, são as com que mais me identifico. Em março de 2018, participei da exposição coletiva “Imagens para o Amanhã” do Festival de Fotografia de Tiradentes/MG, bem como de outras exposições coletivas em Maceió, dentre elas com o grupo Perambular Fotográfico, Agência Fragma e Coletivo082.
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Para conhecer mais o trabalho da artista
https://instagram.com/andreaguido_
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O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, documentação desses dias de novas relações, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.
Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente
2 respostas
Que trabalho maravilhoso! Realidade triste e desoladora e, por isso mesmo, precisa ser registrada e publicada. Parabéns, Andréa!!!
Andréa, parabéns pelo registro de um momento tão doloroso e difícil para todos Maceioenses. Desejo que tenhas saúde e que durante esse ano consigamos sair desse triste isolamento.