Em 2016 fiz a cobertura de uma ação do Greenpeace junto ao povo Munduruku na região do médio Tapajós com o objetivo de fazer uma auto demarcação do território e impedir a construção da hidrelétrica de São Luis do Tapajós, que estava projetada para ser construído em um lugar sagrado para etnia.
Foram cerca de 6 semanas de um experiência fantástica, onde pude aprender sobre a cultura, a união e a força desse povo guerreiro na luta incansável por seus direitos.
Quando fui convidado pelo Sato a participar desse projeto, imediatamente me lembrei deles. Nesse tempos difíceis que estamos passando, a resiliência e a determinação do povo Munduruku são um exemplo de resistência.
Não tenho dúvidas de que o exemplo dos povos indígenas, como os Munduruku, deve ser seguido na luta contra o fascismo do governo genocida.
.
Minibio
Iniciou sua vida profissional em 1988, documentando etnias indígenas para o Museu Emílio Goeldi, em Belém. Em 1990, foi contratado pela Agência Estado, onde trabalhou por dois anos. Em 1994 foi contratado pelo jornal Folha de S. Paulo, onde trabalhou até 2000. Em 1999, foi correspondente da da Folha de S. Paulo em NY onde graduou-se no laboratório de mídia digital do International Center of Photography.
Em 2000, participou da criação do Fotosite, primeira agência brasileira de fotografia 100% digital, onde exerceu o cargo de Diretor Editorial. Em 2008, criou a Editora Mandioca, que publicou Revista Pororoca, 100% dedicada a temas da Amazônia.
É autor de 4 livros: D. Brazi – Cozinha Tradicional Amazônica, Editora BEI; ZO’É, editora Terceiro Nome; MATO?, editora OLHAVÊ; e Viagem ao Sul do Real, ganhador do prêmio Mobile Photo Festival, editora Origem.
Vencedor do edital de cultura e meio ambiente do Banco da Amazônia em 2014, desenvolveu o projeto Esse Rio É Minha Rua, sobre o cotidiano da comunidade ribeirinha Boa Esperança.
Há 15 anos se dedica a projetos de documentação fotográfica na área socioambiental em parceria com as organizações não governamentais, Greenpeace e Instituto Socioambiental.
.
Para conhecer mais o trabalho do artista
https://www.instagram.com/rogerioassisfotografo/
https://rogerioassis.46graus.com/
.
O projeto Futuro do Presente, Presente do Futuro é um projeto dos Jornalistas Livres, a partir de uma ideia do artista e jornalista livre Sato do Brasil. Um espaço de ensaios fotográficos e imagéticos sobre esses tempos de pandemia, vividos sob o signo abissal de um governo inumanista onde começamos a vislumbrar um porvir desconhecido, isolado, estranho mas também louco e visionário. Nessa fresta de tempo, convidamos os criadores das imagens de nosso tempo, trazer seus ensaios, seus pensamentos de mundo, suas críticas, seus sonhos, sua visão da vida. Quem quiser participar, conversamos. Vamos nessa! Trazer um respiro nesse isolamento precário de abraços e encontros. Podem ser imagens revistas de um tempo de memória, de quintal, de rua, documentação desses dias de novas relações, essenciais, uma ideia do que teremos daqui pra frente. Uma fresta entre passado, futuro e presente.
Outros ensaios deste projeto: https://jornalistaslivres.org/?s=futuro+do+presente
Uma resposta
Maravilhoso tudo. O projeto, as fotos, as frestas possíveis.