Governo reduz de 2,4% para zero a projeção do PIB, mas a Fundação Getulio Vargas aponta que a riqueza do país deve cair 4,4% em 2020. O próprio ministério da Economia apontou projeções de queda de 2% da economia mundial.
Na apresentação o governo divulga que o PIB crescerá 0,02% , mas na nota informativa a previsão é de zero, como conta deste trecho:
“”Os impactos negativos sobre o crescimento devem se aprofundar no segundo trimestre e esperamos recuperação no segundo semestre, porém a revisão do crescimento para o ano fechado é de 2,1% para 0,0%.”
Com a calamidade pública não haverá contingenciamento e será mantido o teto de gastos, que retirou R$ 20 bilhões da saúde nos últimos anos.
Numa primeira apresentação (9/3) o rombo deve passar de R$124,1 para R$ 161,6 bilhões ou mais 37,5 bilhões. Economistas apontam que com o pacote do governo o rombo cresce para R$ 220 bilhões.
Apresentamos as principais variáveis macroeconômicas que foram revistas entre 9/3 e 19/3, mas que não apresentado se houve nova redução da receita e aumento das despesas, como os R$ 4,5 bilhões do DPVAT que iria para a saúde.
O quadro abaixo mostra que as novas projeções não foram detalhadas e o impacto com a queda do preço do petróleo é 20% maior e não aparece o detalhamento da queda na receita e despesa. Com a projeção de 9/3 a queda seria 6,26% ou -9,4 bilhões. O Instituto Federal Independente, em março previu queda de R$ 15 bilhões.
Previsão 2020
Previsão 9/3
Previsão 19/3
Variação 19/3 e 9/3
PIB nominal
7.618.400
7.734.273
7.556.353
-177.920
PIB real
2,32%
2,10%
0,02%
-2,08%
IPCA final do período
3,50%
3,12%
3,05%
-0,07%
Petróleo –Brent -média- dólares
59
52,7
41,87
-10,8
Câmbio-final do período- dólares
4
4,2
4,35
15%
Selic- final do período
4,40%
4,15%
3,65%
-0,50%
E o impacto na despesa do novo salário mínimo que tinha previsão de R$ 1031 e foi para R$ 1045, e deve ter um impacto significativo de R$ 4,9 bilhões, pois segundo o secretario especial da fazenda a cada R$ 1 real o impacto é de R$ 355 milhões.
Na previsão de 9 de março, há queda no repasse de das empresas públicas, como a Petrobrás, de 3,5 bilhões e de R$ 16,3 bilhões pela não privatização da Eletrobrás.
Devido a perspectiva de não aprovação da PEC emergencial, que prevê a redução de 25% do salários dos servidores e da jornada de trabalho, se aumentou o gasto com pessoal em R$ 3,2 bilhões.
As projeções furadas do desgoverno de 9/3 não prevêem aumento pro gasto de saúde, só remanejamento de recursos dentro da pasta no valor de quase R$ 5 bilhões, e ainda apresenta um corte de R$ 917 milhões para o abono. Segundo as novas projeções (19/3), o PIB que mede a soma de todos os bens e serviços produzidos deve ter queda de quase 178 bilhões.
Os governadores pediram R$ 15 bilhões para Estados e municípios devido a perda de receita e deveriam ser aplicados em saúde pública.O des-presidente negou o pedido e não vai repassar estes valores. Na projeção de 9 de março, o desgoverno prevê corte de R$ 1,5 bilhões de transferências de receitas para estados e municípios.
A paralisação das empresas automotivas que coloca de férias mais de cem mil trabalhadores e ameaça o emprego de 248 mil funcionários das empresas de autopeças e mais 305 mil de distribuição de veículos.O mesmo já ocorre nos pólos calçadistas no rio grande do Sul e em Franca no interior de São Paulo.
Dinei Rinaldi
22/03/20 at 12:46
Desde a entrevista do Aécio dizendo que iam deixar Dilma sem governabilidade, que o Brasil derret! Agora já está quebrado, falido!