Prisão abusiva de imigrante africano faz do Centro de Florianópolis praça de guerra

Alvo de constantes agressões pela guarda civil, senegaleses fazem protesto contra xenofobia na segunda-feira. Foto: Portal Desacato (2018)

SENEGALÊS GANHA LIBERDADE CONDICIONADA DEPOIS DE PRISÃO ILEGAL

ATUALIZAÇÃO em 14/4 : Triste e pensativo, o trabalhador senegalês Ousmane Hanne deixou o Fórum da Capital no domingo, por volta de 15 horas, acompanhado por três advogados voluntários, sem reaver as mercadorias apreendidas pela Guarda Municipal. Sob os aplausos dos apoiadores, ele cumprimentos e agradeceu silenciosamente os amigos que o aguardavam do lado de fora. Depois da audiência de custódia, ele foi ouvido e liberado pela juíza Cleni Serly Rauen Vieira, da Vara do Plantão Criminal do Fórum de Florianópolis, mas ainda pode responder a processo se as denúncias apresentadas pelo delegado forem acatadas pelo Ministério Público. Durante a audiência, a juíza afirmou que a prisão não é a medida adequada para o caso. Ela determinou medidas cautelares, como obrigação de comparecer todos os meses ao juizado e não afastamento da comarca da capital por mais de oito dias. Para os advogados, a prisão do imigrante, que tinha situação e documentos regularizados, foi inconstitucional porque efetuada por guardas de trânsito e sem motivo justo. Nesta segunda-feira, às 15 horas, haverá uma reunião na Câmara de Vereadores com imigrantes e entidades apoiadoras e, no dia 25 (quinta-feira), às 17 horas, o movimento integra a Marcha contra a Violência Policial em Defesa de Direitos e Democracia, promovida pelo Coletivo Ocupações Urbanas.

* * *

O Centro de Florianópolis virou um campo de xenofobia, racismo e violência contra imigrantes africanos no início da tarde de pleno sábado (13/30). Dez homens da Guarda Civil em duas viaturas da Ronda Ostensiva Municipal apreenderam a mercadoria de um trabalhador senegalês que vendia camisetas e bermudas na rua Álvaro de Carvalho, imobilizaram-no com violência, empurraram-no para a traseira do camburão e o levaram algemado para o 5° DP, onde foi preso sob alegação de desacato, resistência à prisão e desobediência. Vídeos gravados por outros imigrantes do Haiti e Senegal mostram, contudo, que o rapaz não reagiu, pelo contrário, ele foi o agredido. Nas imagens, os guardas erguem seu fuzil para ameaçar a população, apontando o cano para as pessoas em volta das viaturas que protestam contra a prisão arbitrária. Vários homens, alguns de pele branca, gritam batendo corajosamente no peito: “Atira, vai, podem atirar, covardes!”. Um homem repete em vão: “Mas ele não fez nada!”. Guardas lançam spray de pimenta indiscriminadamente sobre os passantes e uma mulher com o filhinho de cerca de três anos que nada tem a ver com o conflito entra em desespero ao sentir a garganta sufocada pelo gás. Os guardas de trânsito partem nas viaturas vaiados pelos manifestantes

Em frente à DP, advogada Daniela Felix, imigrantes e apoiadores tentam liberar trabalhador senegalês da prisão abusiva. Foto: ver. Lino Peres

Pelo menos 20 pessoas, entre testemunhas e líderes de entidades solidárias aos imigrantes e refugiados na Grande Florianópolis, foram para a delegacia de plantão prestar apoio a Ousmane Hanne. Eles abriram Boletim de Ocorrência por agressão e prisão abusiva. O jovem, de 33 anos, veio para o Brasil há três anos trabalhar para ajudar a família, a mulher e os filhos que vivem no Senegal. Tem documentos e situação legalizada, conforme a advogada popular Luzia Cabreira, que está fazendo a assessoria jurídica do caso ao lado da advogada Daniela Felix. Elas foram chamadas com urgência ao 5° DP pelo vereador Lino Peres (PT), a pedido das entidades, para defender o imigrante, mas o delegado não só o fez passar a noite na cadeia, como manteve a prisão e encaminhou queixa-crime ao juizado. Hanne foi acusado também de insultar os policiais, embora segundo Luzia, se comunique muito mal por causa do forte acento e só domine o dialeto do país de origem, p . Neste domingo, no início da tarde, ele prestará depoimento em audiência de custódia no Fórum da Capital para que o juiz decida se vai relaxar a prisão e defina as penalidades. Será acompanhado pelas advogadas, que devem apresentar denúncia de prisão arbitrária e violência policial.

  • Foi uma ação de desrespeito aos direitos humanos, com a prisão brutal de um trabalhador pacífico e quieto, que não representa nenhum perigo para a comunidade. É indigno como tratam um imigrante que já enfrenta preconceito e dificuldades de sobrevivência em território estrangeiro. Sem falar que guardas civis não são agentes legalmente designados para a função de fiscais de mercadorias. Essa prisão inadequada gerou um processo penal desnecessário para uma justiça já tão morosa pelo acúmulo de demandas. Tudo poderia ter sido resolvido com um acordo circunstanciado em que o vendedor ficasse sujeito a apresentar a nota das mercadorias, afirma Luzia Cabreira.

AUDIÊNCIA NO FÓRUM HOJE, PROTESTO CONTRA TRUCULÊNCIA AMANHÃ

Tranquilos e gentis, imigrantes africanos são frequentemente vítimas de racismo e xenofobia Foto: Aline Torres (UOL, 2018)

Revoltados, os senegaleses, que têm uma associação com 55 fundadores, solicitaram ao vereador a convocação de um ato na segunda-feira (15/4), às 15 horas, na Câmara Municipal, para manifestar sua indignação e conseguir o comprometimento dos parlamentares contra a violência do aparato de repressão da prefeitura. Foram convocados o Centro de Referência e Apoio aos Imigrantes (CRAI), o Serviço Pastoral do Migrante (SPM), o Grupo de Apoio aos Imigrantes e Refugiados  (Gairf), a Sociedade Beneficente Cultura Brasil Haiti (Haibra), o Projeto PANA, da Cáritas/CNBB e ainda a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. “Foi uma truculência enorme contra o comerciante preso, contra os senegaleses e haitianos que estavam a sua volta e também contra a população de passantes agredidos com gás de pimenta e ameaçados com armamento pesado”, atesta Lino Peres.

Em frente à DP, a professora voluntária de língua portuguesa para estrangeiros, Elsa Nunez, reuniu numa lista o nome completo e o telefone de 12 testemunhas da agressão, entre elas três brasileiros nordestinos, dois haitianos e sete senegaleses. Quando já estava no camburão, completamente rendido, Hanne recebeu outra vez gás de pimenta nos olhos, segundo seus conterrâneos. Nascida no Chile e radicada no Brasil, Elsa explica que a única reação do trabalhador foi se agarrar à mercadoria e tentar pedir, no seu português crioulo, que os guardas assinassem o termo de apreensão para que ele pudesse recuperá-la depois. “Caso contrário, eles sabem que nunca mais vão reaver os produtos adquiridos a duras penas”, afirma a professora , que enviou um apelo aos seus amigos pelas redes sociais:

– Estamos convocando todo mundo para segunda feira, dia 15 , às 15 horas, na Câmara Municipal, com o Vereador Lino, e a associação dos senegaleses, para discutir todos os abusos que os estrangeiros sofrem, especialmente a violência absurda e desnecessária deste sábado dia 13, no centro de Florianópolis. Convidamos todos, já que todos somos migrantes neste país. Favor compartilhar com seus contatos. Elsa Nunez, cidadã do mundo.

“Macacos, voltem pra sua terra. Aqui não é o seu país”, gritaram os comerciantes. Foto: Marcos Bruno (CBN/Diário – 2017)

Não é a primeira vez que policiais agridem gratuitamente imigrantes africanos nas ruas de Florianópolis.  “Batem nos camelôs imigrantes como se fossem ladrões”, denuncia Elsa. No ano passado, várias cenas violentas como a de ontem foram presenciadas pela população, sempre provocadas por denúncias da Associação Comercial. Embora gentis e tranquilos, os africanos sempre sofrem abordagens truculentas na praia de Canasvieiras, onde caminham de uma ponta a outra embaixo do sol, carregando suas mercadorias, lembra Thaís Lippel, presidente do  Coletivo Memória, Justiça e Verdade, que também acorreu à delegacia.

Sempre que sofrem abordagem da Guarda Civil, os imigrantes têm sua mercadoria apreendida e a polícia nunca mais devolve, explica o vice-presidente da Associação Senegalesa, Manoel Chiekb. Por isso, eles foram aconselhados pelas entidades protetoras a exigirem seu direito de obter uma relação assinada pelos agentes com os produtos retidos antes de entregá-los.  “Nós temos nossas mercadorias diariamente tomadas e não podemos mais suportar essa perda”, desabafa Chiekb, que também mantém família no seu país com o trabalho de ambulante no Brasil.

Num protesto contra os ambulantes africanos ocorrido em março de 2018, os comerciantes ofenderam os trabalhadores com palavras de racismo e xenofobia. “Volta para o seu país, macaco! O que você está fazendo no Brasil?”, gritaram.  O mesmo insulto foi dirigido contra nordestinos que criticavam o levante dos lojistas. Em junho do ano passado, no TICEN (Terminal de Integração do Centro), a polícia passou de carro por cima da mercadoria de um haitiano que foi ainda humilhado e agredido. O vice-presidente da Associação Senegalesa, que filmava a ofensiva, teve seu celular jogado ao chão e pisoteado pelos guardas que apagaram as imagens. Em função desse episódio, houve uma forte mobilização das entidades, com queixa à Corregedoria do município, que culminou com uma reunião e um termo de acordo em que a Guarda Civil se comprometeu a não depredar os pertences dos imigrantes e a não efetuar prisões arbitrárias para substituir o trabalho de fiscalização. Pela persistência das agressões, a violência e os abusos de poder continuam sendo o método preferido dos aparatos de repressão.

ADVOGADO MOSTRA QUE SITUAÇÃO DO IMIGRANTE É LEGAL, MAS SUA PRISÃO É ILEGAL

Enquanto Ousmane era acompanhado pelas duas advogadas na Delegacia de Polícia, um terceiro advogado, também voluntário, entrava em ação para atuar em sua defesa, depois de ser contatado por um amigo do senegalês. Guilherme Silva divulgou nas redes sociais o seguinte relato, provando que a situação de Ousmane como imigrante está legal, conforme os documentos que buscou em sua casa. Mostra também que as acusações levantadas para fundamentar sua prisão são ilegais:

Três advogados populares atuam juntos na defesa gratuita do imigrante, que agora responde acusações em liberdade condicionada
Aos interessados no desfecho do caso do senegalês Ousmane Hann:
Após contato de um amigo de Ousmane Hann, fui até a 5ª DP verificar se estava ferido e me oferecer para atuar em sua defesa de forma gratuita, o que foi aceito, tendo ele outorgado procuração à mim.
Antes disso entrei em contato com um amigo senegalês que mora com ele, fui até a casa dele e colhi documentos como comprovante de residência, identificação e documentos relacionados ao simples nacional que ele tem ativo para vender suas roupas. Levamos também comida e roupa, já que ele não comia desde cedo e estava com a roupa rasgada.
O flagrante foi lavrado pelos crimes de desobediência, desacato e resistência, encontrando-se ele custodiado em razão disso. Entrei em contato com o plantão do fórum da capital com o objetivo de impetrar um Habeas Corpus e a informação que me foi passada é que a juíza não analisaria hoje em razão do adiantado da hora, ficando pendente a análise da legalidade do flagrante e da necessidade ou não de prisão para amanhã na audiência de custódia a ser realizada no fórum da capital às 14:00 horas.
Fui informado ainda que o procedimento da delegacia foi acompanhado pela competente advogada e professora Daniela Félix a qual já entrei em contato. Amanhã estaremos na audiência de custódia em busca da liberdade de Ousmane, preso por estar vendendo bermudas sem nota fiscal, quando veio ao Brasil fugir da pobreza e tentar uma vida melhor, mandando dinheiro semanalmente para sua família no Senegal.
Ousmane foi preso por uma guarda que é feita para cuidar do trânsito, pelo crime de desacato quando nem sabe falar português, por ter resistido a uma prisão ilegal e por estar comercializando produtos da 25 de março quando produtos piratas são vendidos aos quatro cantos do país.
As ilegalidade da prisão são várias. Desde a incompetência da guarda municipal para fazer fiscalização sobre mercadorias sem nota fiscal, passando pela impossibilidade de lavratura de flagrante por resistência e desobediência (princípio da consunção), quem foi meu aluno sabe, e ainda pelo fato de que desacato nem é mais crime, conforme vem entendendo o STJ.
Restaria quando muito a resistência, devendo ser lavrado um termo circunstanciado e logo liberado, mas não foi.
A prioridade agora é a liberdade de Ousmane, e depois disso, sendo da vontade dele, estarei à disposição para fazer justiça sem nada cobrar, pelo direito de ser humano e viver como humano!
O amigo de Ousmane me relatou que os imigrantes sofrem diuturna perseguição dos Guardas Municipais de Florianópolis. Ouvindo todo dia coisas como “voltem para o país de vocês” “não queremos vocês aqui” “vamos incomodar até vocês voltarem”. Além de agressões, tapas na cabeça, empurrões, gás de pimenta e investidas com as viaturas na direção dos imigrantes!
Uma fronteira não pode fazer-nos esquecer que somos irmãos, independe da cor e da nacionalidade.
Parabéns à quem se preocupou e estabeleceu uma rede que me fez chegar a Ousmane. Amanhã atualizo vocês!

 

 

COMENTÁRIOS

44 respostas

  1. GUARDA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS MOSTRA SEU DESPREPARO.

  2. Ótima matéria mas as fotos das manifestações dos senegaleses foram tiradas por mim, Janaina Santos para minha tese de doutorado

  3. A guarda municipal se acha polícia pra fazer essas arbitrariedades! Eles não tem direitos e competências pra agir como se fossem policiais ou fiscais .

  4. Papelao dessa guarda municipal…que postura indevida

  5. Isso só uma amostra do que eles estão preparando para nova ordem Mundial o sistema contra o cidadão hj e com os negros africanos amanhã será com qualquer segmento que não tiver dentro das normas da ordem Mundial é doideira

  6. Quando autorizaram a Guarda Municipal a portar armas? Era para ser uma guarda cidadã, comunitária, que estivesse A SERVIÇO da populacpo e não contra ela. É revoltante o modo como a pregeprefe tem tratado os imigrantes.

  7. concordo que a guarda municipal e folgada e só querem baixar o cacete em pessoas inocente .mas eles deveriam estar junto com a fiscalização da sesp e aprender as mercadorias caso ele não tivesse licença para vender por se a fiscalização não fizer nada a cidade vai virar uma bagunça todo mundo vai querer vender também sem autorização já basta o que vem acontecendo nas praias na temporada de verão que é invadida por um mune de pessoal de fora que não entra no sorteio das vagas que tem para trabalhar e prejudicam quem entra na licitação e depois é sorteado e é prejudicado e a prefeitura não fãs nada para coibir

  8. Que vergonha, eu como brasileira sinto nojo dessas ações . Quer recolher a mercadoria tudo bem , mas fazer isso é covardia! Pena que esses supostos defensores da lei ( claro devem ter curso e mestrado em direito) Nunca passaram férias no USA para saber o que é racismo na pele.

  9. Só digo uma coisa, deixem correr tudo frouxo e terão um Rio de Janeiro nascendo, concordo que violência gratuita, se foi o caso, não resolve, mas apoiem o combate à pirataria, ao trafico e outros delitos ou darão força ao inimigo

  10. O fascismo chegou ao Brasil com o PSL , até quando vamos ter que aguentar esses nazistas , eu até prefiro o comunismo.
    Se cuidem fascistas o Hamas já avisou que vem para cá , graças ao líder Bolsonaro e seu clã.

  11. Quero saber onde está o fuzil mencionado
    Trata-se de uma calibre 12 com coronha retrátil, e a munição com cdcerte deveria ser nao letal

  12. A Guarda apenas obedecem as regras de quem governa, impedindo as pessoas de trabalharem nas ruas. Agora, por que a brutalidade?

  13. Devem respeitar as leis do nosso país…PIRATARIA É CRIME…todo mundo vem pra cá e acha que pode fazer o que bem quiser! Acho certo a ação e esse povo que esta na volta protestando é o primeiro a solicitar o serviço da policia no momento que tem sua casa arrombada ou sua filha estuprada! É o fim dos tempos! Alguem desses abobados que estão gritando na volta já se colocaram no lugar dos logistas que pagam seus impostos e muito das vezes pagam encargos altos sobre os funcionarios….quem protesta para o lado deles?

  14. E outra! A violência é necessária no momento em que estrapola os limites da sua própria segurança.

  15. Olha é repulsivo o que está Guarda Municipal de Florianópolis anda, fazendo.

    Nem as polícias militares do Rio de Janeiro e São Paulo são tão violentas.

    Muito despreparada essa Guarda Municipal, colocam uma farda e pensam que são os donos de tudo…..agora entrar aonde tem traficante ficam cágados de medo…..

  16. Desrespeito às ordens, com um monte de arruaceiros incitando violência e desacatado os guardas municipais. Prisão correta. Alias, pegaram leve, porque dava pra encher uma dúzia de viaturas com tanta gente ali que infringiu a lei. Não deve nada? Ok, explique sua situação aos agentes ou ao delegado, mas o que se viu não foi isso. Parem de vitimizar e cumpram as leis!

  17. Infelizmente eles são usados, para vender estes produtos, os guardas municipais tem que pegar o grande comerciante, cada vez que ele perdem os produtos, ficam ainda mais refém.

  18. Está GCM de floripa é lamentável e passível de extinção.

  19. Absurdo o apartheid e e a xenofobia no Brasil e ainda mais em SC, terra de forasteiro, como o resto do país que assassinou parcela substancial dos verdadeiros nativos.
    Não dá para dar trégua a este racismo xenofobico brasileiro.

  20. Não sei nos outros países, mas aqui e por lugares que já passei, as pessoas, na grande maioria mesmo falando de boca cheia de qual país originou, fazendo questão de dizer: da família tal, alemã, italiana, etc. … SE CHEGOU PRIMEIRO NO PEDAÇO, se acha! O vizinho novo e subalterno. Seu coqueiro, quando crescer, não poderá pender para o terreno do do vizinho mais antigo. Desse jeito há aos montes.

  21. Porque hoje em dia a ” M” do politicamente correto usa destas besteiras para inversão de valores e desculpas para se transgredir as leis?
    Não são trabalhadores mas sim sonhadores de impostos e piratas.
    Sou desedente de escravos mais não uso de artifícios. Vai quebrar as leis no país deles para ver como a porca torce a cola.
    Quando se quer viver em outro país se deve seguir as leis. Vão trabalhar honestamente como muitos estrangeiros que desejam realmente ser cidadãos. E ponto final.

  22. A Guarda Municipal está agindo corretamente em combater o comércio ilegal, pode ter sido exagerada nesse caso mas o cara achou ruim em ser abordado e ainda resistiu a prisão! Se não resistisse não iria acontecer nada!
    Floripa já está um caos de tanto imigrante vendendo bugiganga ocupando as calçadas impedindo o trânsito dos pedestres! Não pagam impostos e ainda roubam o emprego formal das pessoas que são daqui! Depois o povo acha ruim que falta emprego, que a crise tá grande, blá bla bla…
    Lei é lei, não tem documentação pra comercializar ou pra morar aqui, deve ser preso e deportado!

  23. E as lojas que pagam impostos IPTU tributos emitem nota fiscal etc?
    São obrigados a concorrrer com os ambulantes que não tem custo nenhum?

  24. Que absurdo uma atitude destas. Deixem as pessoas trabalharem…enquanto trabalham não estão roubando independente da sua origem , cor, ou crenca ou raça.

  25. Protestar??? Só no Brasil mesmo que isso acontece! País de merda esse nosso, onde o que é ilegal é quem está certo.

  26. Protestar??? Só no Brasil mesmo que isso acontece. País de merda esse nosso onde o que é errado parece que é certo.

  27. Não concordo com a violência contra quem for mas nunca vi ninguém fazer uma manifestação parar ajudar os comerciantes que pagam seus impostos e convivem com os vendedores em concorrência desleal na própria porta põe aí jornalistas livres

  28. Que vergonha !cada tempo que passa a Polícia fica menos preparada para fazer o seu trabalho…entrar onde o bandido estar nem pensar né!!Mais atrapalhar o trabalho de quem estar na labuta do dia a dia .Pegar o trabalhador é mais fácil….Quantos marginais essa Polícia mal preparada ou usurpada” anda prendendo aliás quantos traficantes e ladrões essa mesma Polícia prendeu nesse dia?? Eis a questão.

  29. [00:53, 15/4/2019] Cibelle Skalski ?: ORNALISTAS LIVRES SEMPRE FAZEM A SUA Versão! “!Guardas lançam spray de pimenta indiscriminadamente sobre os passantes e uma mulher com o filhinho de cerca de três anos que nada tem a ver com o conflito entra em desespero ao sentir a garganta sufocada pelo gás. ESSA MÃE DEVIA SER PRESA POR ESTAR ALI COM UM MENOR EM MEIO DA CONFUSÃO. TEM QUE SER IDENTIFICADA E PENALIZADA. E QUALQUER UM PODE VER, PELAS PROPIÁS FILMAGENS NÃO E NECESSÁRIO SER PERITO, A MÃE FINGE TOSSIR POR CAUSA DO SPRAY DE PIMENTA SUPOSTAMENTE DIRECIONADO A ELA, MAS NO ENTANTO A CRIANÇA ESTA AO LADO APENAS ASSUSTADAS SEM NENHUM SINTOMA DE TER SIDO ATINGIDA PELO spray EM TODAS AS IMAGENS ESTA jovem APARECE AO LADO DE UM HOMEM QUE SEGURA A CRIANÇA ENQUANTO ELA FILMA A CONFUSÃO PARA OBTER LIKES NAS REDES SOCIAIS!
    [00:59, 15/4/2019] Cibelle Skalski ?: – Foi uma ação de desrespeito aos direitos humanos, com a prisão brutal de um trabalhador pacífico e quieto, que não representa nenhum perigo para a comunidade. É indigno como tratam um imigrante que já enfrenta preconceito e dificuldades de sobrevivência em território estrangeiro. Sem falar que guardas civis não são agentes legalmente designados para a função de fiscais de mercadorias. Essa prisão inadequada gerou um processo penal desnecessário para uma justiça já tão morosa pelo acúmulo de demandas. Tudo poderia ter sido resolvido com um acordo circunstanciado em que o vendedor ficasse sujeito a apresentar a nota das mercadorias, afirma Luzia Cabreira. SE ESTE INDIVIDUO NAO RELUTASSE CONTRA A PRISAO NAO SERIA NECESSARIO 3 AGENTES PARA IMOBILIZÁ-LO. SE ELE TIVESSE NOTA FISCAL DAS MERCADORIAS PROVALVEMENTE NAO SERIAM APREENDIDAS. MAS CONTRAFACCAO , PIRATARIA NÃO TEM NOTA! E CRIME! E MAIS PARA SER AMBULANTE TEM QUE TER AUTORIZAÇÃO ALVARÁ.
    [01:04, 15/4/2019] Cibelle Skalski ?: PRECONCEITO EXISTE SIM! n’ao vamos fechar os olhos para isso, mas nosso pais tens leis, nosso municípios tem leis! e apesar de não parecer tem que ser cumpridas! Respeitadas. Direitos Humanos e para todos, e os Policiais também estão inclusos nessa. os demais cidadão também , todos brancos, negros, índios.
    [01:06, 15/4/2019] Cibelle Skalski ?: e obvio que n’ao se pode generalizar todos os senegaleses na verdade, na minha opinião e experiencia tem muita GENTE usando esse povo como massa de manobra politica partidária! marqueteiros de plantão.

  30. Agora cara é um coitado… vocês estão de parabéns mesmo! Se ele não estivesse vendendo produtos falsificados ou mercadoria sem nota ou de procedência duvidosa isso não teria acontecido! Aí quem paga todos impostos fica como? Quem realmente mora na ilha sabe o tamanho desse problema esta se tornando! Canasvieiras está repleto de pessoas como essa! Se quiser vim pra trabalhar honestamente tudo bem mais pra fazer cambalacho e coisas erradas não! Só queria agradecer a guarda municipal de Florianópolis por ser a única entidade governamental que está fazendo alguma coisa.

  31. Uma vergonha os comerciantes fazerem isto ..nao enyendo para que tanta besteira .. todos somos iguais e a policia municipal tem que acabar dao extremamente sem capacidade os caras da África nao ten nada so estao tentando a vida e os comercisntes bando de babacas que d3vem estar morrendo de fome temos espaço para todos no Brasil nao precisa gazer isto

  32. O Brasil nunca muda graças a Dilma e o Lula Nossa pais esta cheio de estrangeiros,com todos os seus direitos e que direito tem o brasileiro, se vc precisar de um posto de saúde pra conseguir uma consulta so na cidade onde vc mora e eles nao te direito a tudo isso graças o pt Bolsonaro tinha que mandar tudo embora

  33. a foto da manifestação no Largo da Alfandega é de Janaina Santos

    1. Oi, Janaína, vamos acrescentar a identificação que não havia na matéria. Obrigada por informar.

      1. Olá, Janaína, verificamos na internet e a foto aparece com crédito de Aline Torres. Há um engano do site UOL?

  34. “[…]voltem pra sua terra. Aqui não é o seu país”. Gritam aqueles que não conhecem sua própria história. Gritam aqueles que só existem devido a imigração dos povos e não percebem isso. Se é florianopolitano, lembre que entre 1748 e 1756 , barcos trouxeram 6000 IMIGRANTES dos Açores, Portugal e povoaram a ilha. Junto de contato com outros povos e outras variáveis históricas, geraram a cultura local. Lembre que o nome da cultura é Açoriana e não é por causa pra praia. Lembre: IMIGRANTES.

  35. O anúncio da matéria é tao absurdo quanto o seu conteúdo ” fuzilar a população” .. Contrabando e mercadoria sem procedência e crime, portanto da o direito a prisão, nada arbitrário.. Inclivel como neste país o que e certo vira motivo para discursos desnecessários..

  36. É dever do estado dar treinamento para eles trabalharem aqui, dar moradia condições de sobrevivência eles são refugiados de areas em conflito é dever de todos nós ajudar independente da côr ou religião.

  37. Eu sou estrangeiro. Argentino e noro em Florianópolis. Pago impostos. De fato, todos e todas pagamos impostos. Até o cara que vende na rua. É somente ver a nota fiscal que entrega um supermercado e olhar a porcentagem de impostos estaduais e federáis…Se de verdade somos contra estrangeiros, blz…entao tudo mundo embora e somente têm que ficar os verdadeiros nativos não aqueles que sejamos filhos, netos de europeos, açorianos e tal…Claro mas pelas empresas multinacionáis que tiram os recursos naturías de nossos países ninguém se importa, né. Não é verdade que aqueles que sao contra imigrantes sejan nacionalistas. É somente contra estrangeiros pobres, negros, venezuelanos, etc mas nunca contra empresas israelenses, mineiras norueguenses, bases militar dos EEUU…é hipocresia, mesmo.

  38. Estão demorando é muito pra deportar esses lixos pra fora de Santa Catarina.

  39. Se tá ruim, é só esses estrangeiros de merda irem embora de SC.

  40. Cadê a punição para os crimes cometidos pelos policiais? Até spray de pimenta na cara de criança de 3 anos. Saíram espalhando spray de pimenta na cara de pessoas que não ofereciam ameaça física a eles por simplesmente estarem afim. Apontaram escopetas para a população que deveriam estar protegendo. Até quando criminosos como estes vão continuar infiltrados numa corporação cujo dever deveria ser servir e proteger? E o delegado porquê continua no cargo se demonstrou que não tem competência pra executar sua função de acordo com a lei? Ameaçaram inúmeras vidas e prejudicaram a integridade física de vários por causa de uma pequena quantia de dinheiro que não estava sendo recolhida em impostos. Estaríamos muito mais seguros nas ruas sem a presença desses criminosos que se dizem ser a lei mas ao invés disso praticam os crimes que bem entendem.

POSTS RELACIONADOS

Juíza federal é referida como “preta desgraçada” por arquiteta branca

Frente à adversidade, Mylene Ramos não apenas buscará a reparação pelos prejuízos sofridos, mas também almejará fazer valer seus direitos como vítima de discriminação. Uma mulher que dedicou sua vida à luta por justiça social agora se posiciona do outro lado da mesa , não mais como juíza ou advogada, mas como alguém que exige dignidade e respeito.

Revoga Minc: escritoras negras pedem a revogação do Prêmio Carolina Maria de Jesus

Revoga Minc

Escritoras negras pedem a revogação do Prêmio Carolina Maria de Jesus