REVOLTA XOKLENG: “Prenderam o assassino, mas não chegaram aos mandantes do crime”

Comunidade está revoltada porque teve que fazer um protesto para prenderem o assassino dentro da casa dele, onde estava parado há vários dias, diz presidente dos caciques Tucun Gakran. Para lideranças, prisão de homem que matou o educador Marcondes Namblá a pauladas não deve encerrar as investigações. Versão da polícia para o crime como assassinato por “motivo fútil” revolta o povo indígena. Notícia foi recebida num misto de alegria, ceticismo e indignação.

Fotos: Raquel Wandelli. Colaborou na arte da edição: Guilherme Imbassahy
Professor morto a pauladas era um dos mais importantes pesquisadores e lutadores dos sobreviventes da Terra Indígena Laklãnõ. FOTO: Arquivo pessoal

As aldeias da reserva de José Boiteux estão recebendo a notícia da prisão do assassino do juiz da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ, Marcondes Namblá, morto a pauladas na virada do Ano Novo, no Litoral Norte de Santa Catarina, num misto de dor, alívio e indignação. Passados 12 dias do assassinato, a Polícia Civil prendeu hoje (12/1), às 8h30min, Gilmar César de Lima, identificado pelas câmeras de vigilância como autor do espancamento que levou à morte cerebral Marcondes Namblá, 38 anos, pai de cinco filhos, educador da última reserva Xokleng do Brasil e a única no Planeta. Gilmar, 23 anos, foi detido e algemado na casa de familiares (da irmã) em Gaspar, no Vale do Itajái, de onde era natural, oito dias após ter sido expedido o seu mandado de prisão (4/1), o segundo contra ele, que já tinha cometido um crime anterior de tentativa de homicídio qualificado.

Comunidade Xokleng recebe em silêncio a notícia da prisão do executor de seu líder Marcondes Namblá hoje pela manhã. Na foto, ritual por justiça realizado no local do crime

Reunidos em torno do presidente da Terra Indígena, Tucun Gakran, os caciques das nove aldeias e suas lideranças não aceitam que as investigações parem por aí e afirmam que não basta “prender o executor do crime sem chegar aos mandantes”. Autor de vários crimes envolvendo além de homicídio, tráfico de drogas, roubo, receptação e espancamento de mulheres, Gilmar confessou o crime, conforme o delegado-geral adjunto, Marcos Ghizoni, em relato oficial da Polícia Civil em Santa Catarina. Ele afirma que o indiciado “admitiu o erro” e confirmou o que havia justificado para uma testemunha que o interpelou sobre o motivo do espancamento: que o indígena teria mexido com o seu cachorro. Assim, para a instituição policial, fica valendo a versão de crime por “motivo fútil”, como é conhecido na linguagem técnica um crime sob alegação insignificante. O caso estava sendo investigado pelo delegado da Polícia Civil de Piçarras, Douglas Teixeira Barroco, que já havia recusado de antemão a relação do crime com motivações étnicas ou racistas.

Se o veredito da prisão do criminoso confirma a versão do delegado e mostra o sucesso da polícia na operação, na visão das lideranças indígenas ele é uma afronta a sua inteligência e ao seu direito de ter essa morte bárbara investigada “com seriedade e profundidade”, como afirma o presidente Tucun Gakran. “Nós não vamos parar enquanto não foi esclarecido o real motivo do crime”. Segundo o líder de todos os caciques e dos cerca de 2.500 habitantes da T.I., a comunidade recebeu a notícia da prisão “com muita indignação porque fala que foi preciso um protesto pra polícia ir lá pegar ele e fala que a polícia sabia aonde ele mora pois ele tem residência fixa”.

Reunidos durante toda a manhã, os caciques reafirmam suas suspeitas de que se trata de crime encomendado envolvendo grupos de tráfico de drogas e rinha de galo infiltrados na Terra Indígena. Lembrando que o preso já foi visto dentro das aldeias em maio de 2017, eles recusam com veemência a versão do “crime fútil”. Tucun, o cacique da aldeia de Palmeirinhas, Jonas P. K-mrem; as líderanças Brasílio Priprá; Joasias Kuita e os familiares Namblá Gakran e Isabel Prestes Gakran, entregaram, na terça-feira (9/11), em audiência com o procurador-chefe do Ministério Público Federal em Santa Catarina, Darlan Airton Dias, um pedido de abertura de inquérito criminal pela Polícia Federal. Nessa reunião, acompanhada com exclusividade pelos Jornalistas Livres, eles apresentaram, junto com o documento formal, um conjunto de suspeitas que já haviam levantado no final de semana para a reportagem. (https://jornalistaslivres.org/2018/01/lideres-xokleng-acreditam-que-educador-foi-assassinado-por-matador-de-aluguel-e-recusam-versao-da-policia/).

Reunião dos caciques com o procurador da República, que prometeu investigar as denúncias da comunidade.

O procurador Darlan Dias havia se comprometido com as lideranças a visitar as aldeias e delegacias de Penha e de Piçarras nesta quinta e sexta-feira (11 e 12/1), mas devido ao temporal e à situação das estradas em Santa Catarina, adiou a investigação preliminar para a próxima semana. Ele explicou aos representantes que prefere primeiro apurar as denúncias levantadas pela comunidade antes de envolver a Polícia Federal no inquérito. Em entrevista aos Jornalistas Livres, o procurador afirmou que não se pode descartar o caráter racista do assassinato, tendo em vista a sequência de outros crimes também marcados pela brutalidade ocorridos recentemente no Estado. “Vamos apurar até encontrar o motivo real do assassinato”. Antes de dar um parecer, contudo, ele disse que prefere manter os detalhes das investigações em sigilo até concluir o trabalho e “a verdade aparecer”.

Entre os indícios que o procurador se comprometeu a investigar está o de que Marcondes Namblá foi vítima de omissão de socorro pela própria polícia, cuja viatura passou pelo local do crime, mas não recolheu a vítima por supor que se tratava de um “índio bêbado caído na calçada”, conforme declaração do próprio delegado à imprensa local. Também se comprometeu a apurar a omissão cúmplice das testemunhas, que não fizeram nada para impedir o assassino de espancar o professor Namblá até esmigalhar o cérebro do indígena. Por último, pesa a denúncia de negligência do hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, para onde Namblá foi transferido depois de ter sido diagnosticado Traumatismo Craniano Encefálico. Segundo relato dos familiares, o hospital teria se recusado a fazer a cirurgia antes que a família chegasse com os documentos deixados no hospital de Penha.

As seis horas passadas entre a primeira internação, por volta de 8 horas, e a cirurgia no hospital de Itajaí, depois das 14 horas, teriam sido a prova de discriminação no atendimento a um indígena protegido pelas normas da Secretaria Especial da Saúde indigena (Sesai), conforme Brasílio Priprá. Segundo ele, a intenção de bater para matar ficou clara para todas as lideranças, após assistirem várias vezes as filmagens do crime pela câmera de vigilância. No vídeo, o agressor retornou quando o indígena mostrou sinais de vida, o que reforça a hipótese de se tratar de um assassinato por aluguel. Enquanto a polícia não chegar às implicações que estão por trás desse crime, ocorrerão outras atrocidades, avisou o primo da vítima, Nanblá Gakran, que é professor da UFSC e estudante de pós-doutorado.

A integrante da Regional Sul do Conselho Indigenista Missionário, Marina de Oliveira, afirmou em depoimento por áudio que o assassinato do professor tem fortes relações com o assassinato do menino Victor Kaingang, em dezembro de 2015 por três principais coincidências. Os dois crimes ocorreram em períodos de festas; ambos sob alegação de motivos “fúteis”, como a justificativa de que “odeio índio” para a morte do bebê e de que “mexeu com o meu cachorro” para Namblá, ambos com semelhança de brutalidade no método utilizado pelos assassinos: para um a degola, para outro o espancamento a pauladas. E, por último, o fato de que os indígenas estavam deslocados de suas aldeias para buscar melhorar a renda e as condições de sobrevivência prejudicadas pelo tamanho abaixo do ideal dos territórios indígenas. Para o Cimi,  essas características impõem a necessidade de uma investigação aprofundada e rigorosa

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Veja o vídeo fornecido pela Polícia Civil:

 

RITUAIS VÃO CONTINUAR AJUDANDO A REVELAR A VERDADE, ACREDITAM OS XOKLENG

Com as fortes chuvas que castigaram as aldeias até ontem e a dificuldade de acesso à internet, os indígenas estão recebendo aos poucos a notícia da prisão. Alguns preferem ficar em silêncio para sentir o significado desse acontecimento, como a professora e estudante de Antropologia Social da UFSC, Ana Roberta Patté, membro de outra família tradicional Xokleng, que sente um misto de alegria e dor. Mas ela, as lideranças e a comunidade como um todo, acreditam que a verdade começará a aparecer por força dos rituais e da espiritualidade do seu povo. https://www.facebook.com/diariogetuliense/videos/557978387871753/

Enquanto lutam para as autoridades não pararem as investigações, na prisão do executor do crime, os representantes confiam na proteção ancestral da sua cultura para fazer Justiça. “A verdade vai aparecer”, diz Nanblá Gakran, considerado a maior autoridade no país e no mundo na pesquisa da língua e da cultura Xokleng. “Com certeza a foça espiritual Xokleng está agindo”, opina sua nora Isabel Prestes Gakran Mundukurun, estudante de Fonoaudiologia e dirigente da Associação dos Estudantes Indígenas da UFSC, que reúne nos seus laços de família três etnias: Xokleng, Mundurukun e Parintintin. Esse sentimento é compartilhado também pelo jovem Cristhian Roberto Priprá e seu pai, Brasílio Priprá. “Muita suspeita ainda precisa ser investigada, muita coisa precisa ser melhor explicada, mas nossa força espiritual vai ajudar a clarear o que houve para nosso povo, com certeza”.

O RITUAL POR JUSTIÇA NO LOCAL DO CRIME: LUTO E LUTA

Sob o fundo de instrumentos sagrados e ritos fúnebres tradicionais, na quarta-feira (10/11), mais de 200 indígenas, vindos das aldeias em José Boiteux e do Curso de Licenciatura Intercultural Indigena, em Florianópolis, fizeram um protesto no local do crime, na avenida Eugênio Krause, em Penha, para exigir justiça e punição dos culpados. Ao mesmo tempo, os líderes espirituais realizaram uma cerimônia para que o espírito do educador regressasse a aldeia e continuasse a luta por direitos com seu povo. Num ritual triste e belo, eles fincaram no concreto da calçada, no exato ponto onde ele foi espancado, a lança com a qual Namblá ensinava aos seus alunos da Escola Indígena Laklãnõ como os antepassados guerreiros faziam nas matas.

Morte bárbara do educador Xokleng cobre a aldeia de tristeza e tira os habitantes mais velhos da aldeia para protestar no local do crime

Na quarta-feira de forte tormenta, quando as estradas de Santa Catarina se abriam em crateras, e a Defesa Civil desaconselhava que se saísse de casa, três ônibus com habitantes vindos das nove aldeias que da reserva Xokleng Indígene e outro ônibus lotado do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena, de Florianópolis, com representantes de várias etnias, conseguiram chegar ao chamado “Vale Europeu” para a cerimônia-protesto. Durante o ritual, o professor indígena Oziel Xokleng, observou que as imagens da câmera ao lado direito de quem está de frente para a loja de construção, na calçada onde ocorreu o espancamento, não foram examinadas, somente as imagens da câmera da direita. “Por que estão ocultando essas imagens”, perguntou?

Ex-presidente da Associação Nacional das Mulheres Indígenas, Culung Tié (Suzana), ao lado do filho: “Nós queremos justiça, justiça e justiça”

Cantando, orando e pedindo justiça, as mulheres e líderes espirituais abençoaram o local onde foi derramado o sangue Xokleng. “Agora aqui é um local sagrado”, afirmou a prima de Marcondes, Culung Tié, 56 anos, sem revelar o significado da lança enterrada, um segredo que, segundo ela, só ao seu povo pertence. “Nós temos o direito, pela convenção 69 dos povos indígenas, de estar aqui embaixo dessa chuva exigindo justiça para o nosso grande líder e adorado educador”, disse a ex-presidente do Conselho Nacional das Mulheres Indígenas, com os seios desnudos e os braços abertos para a tormenta que caía dos céus.

 

QUEM MORREU FOI O ARQUIVO VIVO DA CULTURA XOKLENG 

Doutor em linguística pela UNB e mestre pela Unicamp, o estudioso Nanblá Gakran realizava com o primo um importante projeto de registro da língua Lklãnõ, que foi ágrafa até o final dos anos 90, antes de ele fazer a sistematização do fonético para o escrito. Namblá, que havia se inscrito para o curso de mestrado em Antropologia da UFSC, era o grande entusiasta e parceiro nessa empreitada. Na verdade, o índio morto a pauladas e abandonado à calçada fria da madrugada do Ano Novo, era o registro vivo da língua perdida para o futuro, a ligação entre o conhecimento e a vida: “Enquanto eu realizava as pesquisas científicas, ele encontrava estratégias didáticas para repassar esses conhecimentos aos demais educadores e por sua vez aos alunos”, lamenta Gakran, que promete a si mesmo dar continuidade ao projeto, mesmo que de forma mais lenta ou por caminhos mais tortuosos. E resume a importância do indígena em uma frase: “Ele era a grande ponte entre os estudos acadêmicos, a sala de aula e as aldeias”.

Como Marcondes Namblá, que além de juiz era professor, pesquisador, músico e poeta, a nação Xokleng é formada por grandes sábios, xamãs, jovens inteligentes e politizados, pesquisadores brilhantes e líderes nacionalmente destacados. Sobreviventes do extermínio e da fúria dos bugreiros, que os caçavam e os degolavam na segunda metade do século XIX e início do século XX, nos três estados do Sul, nem de longe correspondem ao estereótipo do indígena inculto, estúpido e manipulável da cultura branca.

Quem morreu na calçada do Balneário de Penha, abatido como um animal, não foi um indigente, não foi um “índio bêbado” – aliás, a família espera sair o exame pericial para confirmar que Marcondes não ingerira álcool, conforme apontaram recentes testemunhas. Foi o arquivo vivo da cultura e da língua sobrevivente da última reserva Xokleng do Brasil.

 

ACOMPANHE AQUI AS REPORTAGENS E COBERTURAS DO ASSASSINATO DO LÍDER XOKLENG MARCONDES NAMBLÁ

#AoVivo #JuariçaParaMarcondesNamblá
XOKLENGS CONJUGAM DOR E
LUTA EM CERIMÔNIA ESPIRITUAL

“Este lugar é conhecido como Vale Europeu, e por que não Vale do Povo Indígena?”

Em protesto e ritual fúnebre realizados agora no município de Penha, Litoral Norte de Santa Catarina, indígenas dão uma lição de tolerância em contraposição à crueldade da sociedade branca que, na virada do Ano Novo, assassinou a pauladas o juiz da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ, Marcondes Namblá. Com a forte presença de mulheres, parentes e crianças vestidos e pintados conforme sua tradição que vieram das aldeias de José Boiteux, percorrendo cerca de 120 quilômetros, todos triste e chorosos, o ato é um misto de dor e grito de resistência. Sob chuva torrencial, lideranças indígenas se alternam em cantos, danças, rituais e discursos, oferecendo ao país uma consciência dolorosa da luta e do sofrimento desses povos brasileiros. “Somos vítimas da violência e da cobiça pelas terras que já nos pertenciam quando os colonizadores europeus chegaram aqui”, diz a índia Cunung Teié, 56 anos. Integrante dos movimentos negro e quilombola, entidades apoiadoras e professores de escolas indígenas das etnias Kaingang, Guarani e Xokleng, e de outras etnias, como Sataré Mawés e Parintintin, também manifestaram seu apoio a esse povo e a sua revolta contra a atrocidade do crime. Um morador de Penha, professor da rede pública, toma a palavra ao microfone para pedir desculpas ao povo Xokleng pela maldadade dos homens brancos.

Além dos discursos pedindo justiça, investigação profunda do crime e punição do principal acusado, Gilmar César de Lima, que continua foragido, a cerimônia tem o propósito de orar para que a alma de Namblá retorne a sua aldeia e siga em paz, explica Diva Priprá, companheira de Marcondes na Escola Indígena Laklãnõ. Rituais indígenas católicos, evangélicos e luteranos convivem aqui no mesmo espaço, numa mostra do sincretismo religioso dessas gentes.

O próprio líder assassinado, que era missionário evangélico e ao mesmo tempo um grande incentivador do culto às práticas espirituais Xokleng, mostrou em vida essa “capacidade de conviver com diversas culturas sem nunca deixar de ser índio”, como afirma Nanblá Gakran, primo de Marcondes, seu parceiro nas pesquisas sobre a língua do povo da Barragem de Ibirama.

O local, onde foi derramado o sangue sagrado Xokleng, acaba de ser abençoado pelos líderes espirituais indígenas. Para celebrar o marco de dez dias da morte do grande e jovem líder, os pajés enterraram a lança utilizada por Marcondes Namblá no ponto em que ele foi espancado com um porrete de madeira. Gakran anunciou que vai lutar pela proposta de substituir a referência à região como Vale Europeu para Terra Indígena Xokleng.

Por Raquel Wandelli /Jornalistas Livres – do município de Penha

DA DELICADEZA ÓBVIA MASSACRADA…

Cenas de um país onde um índio é assassinado a pauladas no alvorecer do primeiro dia do ano…

Um país onde o espancamento de rara sobrevivência do último povo de uma etnia exterminada é assistido por testemunhas que não fazem nada para impedir a violência…

Onde o corpo contorcido do arquivo vivo de uma língua rara não é recolhido pela polícia porque parece “um índio bêbado caído na calçada”…

Onde um indígena com traumatismo craniano grave leva dez horas para ser operado porque o hospital para onde foi levado precisa dos seus documentos antes de interná-lo…

Um país onde a voz de um povo de guerreiros sobreviventes e as suas hipóteses para o extermínio de seu líder não valem nada para a grande mídia, a quem basta reproduzir a narrativa de um delegado de polícia que a desautoriza a falar em racismo…

…e essa mídia transforma esse delegado em herói e fonte única, após identificar o pistoleiro pelas câmeras de vigilância e deixá-lo solto por três dias, até foragir com dois mandados de prisão nas costas…

Um povo feito só de artistas, pesquisadores, médicos, cientistas, linguistas, xamãs, curandeiros, políticos, sociólogos, educadores brilhantes, mulheres guerreiras, sábias, gentis e incrivelmente belas…

Registros de um protesto em forma de cerimônia fúnebre que só um povo para o qual politica e espiritualidade integram a mesma cosmogonia de visão de mundo é capaz de fazer acontecer…

Penha, no “Vale Europeu”, será para sempre o endereço em que Marcondes Namblá, líder indígena Xokleng Laklãnõ, o primeiro habitante desta terra, cadáver encomendando por muitas mãos, foi assassinado antes dos primeiros raios do amanhecer do Ano Novo…

A calçada de avenida Eugênio Krause, terra de sangue Xokleng derramado, é agora um local sagrado. Ninguém haverá de dizer que esse pedaço de cimento, onde tombou, abatido como um animal, o corpo do grande educador, não é terra indígena!

Raquel Wandelli / Jornalistas Livres

Nepi- Núcleo de Estudos de Populações Indígenas
Conselho Indigenista Missionário – Cimi

APIB – Articulação dos Povos Indígenas do Brasil

Associação dos Estudantes Indígenas da Ufsc – Aeiufsc Ufsc

#Aovivo

SUSPEITA DE ASSASSINATO ENCOMENDADO MOBILIZA CACIQUES

#Aovivo Justiça para Marcondes Namblá

Caciques pedem justiça ao final da Cerimônia Fúnebre do professor indigena assassinado

Em nome de toda a comunidade, o presidente da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ, Tucun Gakran, exige a investigação da morte de Marcondes Namblá. Quatro caciques e quatro lideranças indígenas, acompanhadas do professor da UFSC Nanblá Gakran e da nora Isabel Prestes, entregaram ontem, 8/1, ao procurador-chefe do Ministério Público Federal, Darlan Airton Dias, pedido de instauração de inquérito administrativo para apurar o assassinato do educador indígena. As lideranças também querem saber por que o delegado Glauco Teixeira Barroco, levou três dias para sair em busca do culpado se já havia um mandado de prisão anterior não cumprido. “Por que ele queria um segundo mandado? Parece que para dar um tempo do criminoso fugir”, denuncia a liderança Brasilio Priprá.

Presentes no Culto Ecumênico da UFSC, os líderes Xocleng querem que a Polícia Federal apure com profundidade as denúncias de racismo, negligência e omissão de socorro por parte da Polícia Civil, dos moradores e do hospital Marieta Konder Bornhausen, que esperou a família chegar com os documentos para fazer a cirurgia, tratando o indígena como um indigente, conforme a liderança Brasilio Priprá. O presidente dos caciques, Tucun Gakran, queixou-se da ausência da direção regional da Fundação Nacional do Índio que, segundo ele, recusou todos os pedidos de apoio para que as lideranças possam acompanhar as investigações.

Na reunião, o procurador se propôs a investigar suspeitas de que o assassino identificado pelas câmeras tenha sido encomendado por mandantes do tráfico de drogas, que estava sendo expulso da reserva com ajuda de Marcondes Nambla, juiz da Terra Indígena. Conforme os caciques, o assassino, que já tinha um mandado de prisão anterior por tentativa de homicídio, foi visto na reserva em maio do ano passado. A coordenadora do Conselho Missionário Indígena em Santa Catarina, Marina de Oliveira, gravou um áudio analisando várias coincidências entre os dois casos que apontam para uma questão sistemática de racismo: os dois crimes, o do pequeno Victor Kaingang e o professor Namblá ocorreram em período de festas no Estado. Em segundo lugar, ambos foram cometidos com requintes de crueldade: o menino por degola, enquanto era amamentado no colo da mãe; e o segundo foi espancado a pauladas até perder a consciência. E, por último, ambos assassinos alegaram motivos fúteis: no primeiro, um ódio gratuito de índios; no segundo, a tentativa de atrapalhar a investigação do crime.

O cacique de Palmeirinhas, Jonas P. Ka-mrem, lembra que o líder morto foi espancado a pauladas às 5h15min da madrugada do dia 1° do ano e levado ao hospital somente às 8 horas. Viaturas policiais passaram e acharam que se tratava de um “índio bêbado”, conforme justificou o próprio delegado da Polícia Civil de Piçarras, responsável pelo caso, Douglas Teixeira Barroco. Para a professora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, Dorothea Post Darella, é preciso investigar também as relações da sequência dos crimes que estão ocorrendo em todo o Estado com a questão da demarcação territorial. Em depoimento, a professora Sílvia de Oliveira conta que Marcondes foi um aluno brilhante de verdade, que transformou todo o conhecimento desenvolvido no curso em ações práticas transformadoras para o seu povo.

Por Raquel Wandelli / Jornalistas Livres

CACIQUES EXIGEM APURAÇÃO DE CRIME

#Aovivo SUSPEITA DE ASSASSINATOENCOMENDADO LEVANTA CACIQUESEm nome de toda a comunidade, o presidente da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ, Tucun Gakran, exige a investigação da morte de Marcondes Namblá. Quatro caciques e quatro lideranças indígenas, acompanhadas do professor da UFSC Nanblá Gakran e da nora Isabel Prestes, entregaram ontem, 8/1, ao procurador-chefe do Ministério Público Federal, Darlan Airton Dias, pedido de instauração de inquérito administrativo para apurar o assassinato do educador indígena. As lideranças também querem saber por que o delegado Glauco Teixeira Barroco, levou três dias para sair em busca do culpado se já havia um mandado de prisão anterior não cumprido. "Por que ele queria um segundo mandado? Parece que para dar um tempo do criminoso fugir", denuncia a liderança Brasilio Priprá.Presentes no Culto Ecumênico da UFSC, os líderes Xocleng querem que a Polícia Federal apure com profundidade as denúncias de racismo, negligência e omissão de socorro por parte da Polícia Civil, dos moradores e do hospital Marieta Konder Bornhausen, que esperou a família chegar com os documentos para fazer a cirurgia, tratando o indígena como um indigente, conforme a liderança Brasilio Priprá. O presidente dos caciques, Tucun Gakran, queixou-se da ausência da direção regional da Fundação Nacional do Índio que, segundo ele, recusou todos os pedidos de apoio para que as lideranças possam acompanhar as investigações.Na reunião, o procurador se propôs a investigar suspeitas de que o assassino identificado pelas câmeras tenha sido encomendado por mandantes do tráfico de drogas, que estava sendo expulso da reserva com ajuda de Marcondes Nambla, juiz da Terra Indígena. Conforme os caciques, o assassino, que já tinha um mandado de prisão anterior por tentativa de homicídio, foi visto na reserva em maio do ano passado. O cacique de Palmeirinhas, Jonas P. Ka-mrem, lembra que o líder morto foi espancado a pauladas às 5h15min da madrugada do dia 1° do ano e levado ao hospital somente às 8 horas. Viaturas policiais passaram e acharam que se tratava de um "índio bêbado", conforme justificou o próprio delegado da Polícia Civil de Piçarras, responsável pelo caso, Douglas Teixeira Barroco. Para a professora do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, Dorothea Post Darella, é preciso investigar também as relações da sequência dos crimes que estão ocorrendo em todo o Estado com a questão da demarcação territorial. Em depoimento, a professora Sílvia de Oliveira conta que Marcondes foi um aluno brilhante de verdade, que transformou todo o conhecimento desenvolvido no curso em ações práticas transformadoras para o seu povo. Raquel Wandelli / Jornalistas Livres

Gepostet von Jornalistas Livres am Dienstag, 9. Januar 2018

EXPEDIÇÃO INDÍGENA CHEGANDO AO LOCAL ONDE LIDER XOKLENG FOI ASSASSINADO

Um forte temporal cai em em Santa Catarina desde o dia de ontem. Choveu torrencialmente a madrugada inteira; as estradas estão alagadas e congestionadas pelo tráfego. O ônibus que partiu de Florianópolis com 44 professores indígenas de várias etnias para se juntar ao protesto contra a morte do líder e educador Marcondes Namblá está a cerca de 40 minutos do local do protesto, na avenida Eugênio Krause, no Centro de Penha, Litoral Norte do Estado, onde o juiz da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ foi assassinado a pauladas. Três ônibus também partiram da Terra Indígena e estão em Balneário Camboriú, se deslocando para o local da manifestação.

Por Raquel Wandelli/ Jornalistas Livres

INDIGENAS A CAMINHO DE PROTESTO CONTRA ASSASSINATO DE LIDER EM SC

Mesmo sob forte chuva e áreas alagadas, está mantido o protesto no município de Penha, onde foi espancado até a morte o líder e educador Xockleng Laklãnõ Marcondes Namblá. A manifestação ocorrerá às 14 horas, no município de Penha, na avenida Eugênio Krause, local do crime. Três ônibus estão saindo da Terra Indígena Xokleng Laklãnõ, cedidos pelo COMI e outras entidades nacionais de defesa dos povos originários.

Este ônibus com 44 professores indígenas de Santa Catarina, cedido pela UFSC a partir de pedido do Curso de Licenciatura Indígena Intercultural do Sul da Mata Atlântica, partiu de Florianópolis ao meio-dia em direção às manifestação. Leva professores das três etnias do Estado, GuaraniKaingang e Xokleng, além de educadores de outras aldeias, como Parintintin e Sataré Mawé, que estudam na UFSC.

O ato terá um sentido politico e espiritual, explicam as professoras-estudantes da Licenciatura, Vilma Xokleng e Lilian Xokleng. Haverá uma manifestação de caráter pacífico reivindicando justiça com a prisão do assassino, que continua foragido, e investigação profunda das condições de sua morte. Em, seseguida, lideres espirituais farão uma cerimônia sagrada para que a alma do juiz da Terra Indígena moto a pauladas retorne a sua aldeia e siga em paz.

O educador Nanblá Gakran, maior autoridade no estudo cultural e linguístico da rara etnia Xokleng e parceiro de Marcondes nas pesquisas, acompanha o movimento. Acredita que o crime foi encomendado e pede, junto com os nove caciques da TI, entrou com pedido de abertura de inquérito criminal pelo Ministério Público Federal.

Acompanhe a cobertura dos Jornalistas Livres.

Por Raquel Wandelli/ Jornalistas Livres

POVO XOKLENG TRANSFORMA DOR EM GRITO DE RESISTÊNCIA

Jovens líderes da Associação dos Estudantes indígenas da UFSC querem investigação de negligência no atendimento de saúde de professor e lider Indígena Marcondes Namblá, assassinado a pauladas no primeiro dia do ano no município de Penha, no Litoral Norte de Santa Catarina.

Associação dos Estudantes Indígenas da Ufsc – Aeiufsc Ufsc
Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica
Conselho Indigenista Missionário – Cimi
O Indigenista Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib Estudantes indígenas da UFSC Mobilização Nacional Indígena

Entrevista a Carl Gakran, Xokleng, estudante de Medicina, Isabel Prestes, estudante de Fonoaudiologia e Jafe Sateré, estudante de Direito da UFSC, dirigentes do AEIUFSC.
Raquel Wandelli/ Jornalistas Livres

INDÍGENAS DE SANTA CATARINA PEDEM APOIO CONTRA CRIMES RACISTAS

Em frente ao Curso de Licenciatura Indígena Intercultural da UFSC, educadores das etnias que compõem a nação indígena em Santa Catarina, falam sobre o assassinato do líder Xokleng, companheiro de magistério Marcondes Namblá na virada do Ano Novo. Eles pedem apoio das entidades, empresas e população solidária para patrocinar o transporte e alimentação dos habitantes das aldeias da Terra Indígena Laklãnõ Xokleng para um protesto contra os assassinatos bárbaros de indígenas ocorridos no Sul do Brasil recentemente. O protesto organizado pelos professores de todas as etinias ocorrerá na quarta-feira, as 14 horas, na avenida Eugenio Krause, em Penha, no local onde o educador e líder indígena foi assassinado a golpes de porrete. Pedem apuração aprofundada do crime e o fim à violência.

Entrevista ao doutor em linguística Nanblá Gakran, parceiro de Namblá no registro da língua Laklãnõ Xokleng, Isabel Prestes Munduruku, Jozileia Danuzia Kaingang, Laura Parintintin, Marco Karaí Guarani, Marcos Kaingang, Vilma Xockleng, Aline Ramos Francisco e Liliam Xockleng.

Doações e patrocínio de transporte ou aluguel de ônibus podem ser encaminhadas pelo telefone do cacique presidente da Terra Indígena Laklãnõ Xokleng, Tucun Gakran: 47 – 984264439.

Por Raquel Wandelli/ Jornalistas Livres

Conselho Indigenista Missionário – Cimi Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib O Indigenista Aba Antropologia

https://jornalistaslivres.org/…/lideres-xokleng-acreditam-…/

#AOVIVO

TRIBUTO A MARCONDES NAMBLÁ

DEPOIS DE VELAR REITOR SUICIDADO, UFSC FAZ CULTO DE ALUNO INDÍGENA ASSASSINADO

Três meses depois de celebrar o culto em homenagem ao reitor suicidado, o Templo Ecumênico – UFSC recebe comunidade indígena para a cerimônia fúnebre do aluno mais brilhante da primeira turma do Curso deLicenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, assassinado a pauladas na madrugada do Reveillon. Professores do Curso, alunos e educadores indigenada UFSC fazem um Ato Cerimonial Tradicional Para Marcondes Namblá, educador Xokleng Laklãnõ, morto no município dePenha, no “Vale Europeu” de Santa Catarina, onde trabalhava durante a temporada vendendo picolé para ganhar um dinheiro extra nas férias não-remiuneradas como professor Admitido por Caráter Temporário daSecretaria de Estado da Educação. A cerimônia fúnebre é celebrada pelo cacique presidente da Terra Indígena, Tucun Gakran e por seu sobrinho Carl Gakran, estudante do Curso de Medicina da UFSC e presidente daAssociação dos Estudantes Indígenas da Ufsc – Aeiufsc Ufsc, melhor amigo de Namblá, com apoio de Isabel Prestes Munduruku e Jafe Sateré, estudante de Direito.

Juiz da Terra Indígena, em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, Marcondes Nambla foi assassinado por Gilmar César de Lima, identificado pelas câmeras de vigilância do comércio vizinho, mas fugiu após a expedição do mandado de segurança. “Condoídos pela tristeza da perda de nosso ex-aluno Marcondes Nanblá e indignados pelas circunstâncias cruéis e desumanas do seu assassinato, convidamos para uma cerimônia em sua homenagem”, diz o convite do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena onde ele se formou em maio de 2015. A ideia é celebrar a memória deste jovem líder Laklãnõ-Xokleng, que vinha trabalhando com afinco para melhorar as condições de vida de seu povo, assim como vinha despontando como um brilhante intelectual indígena. Pela universidade, a cerimônia é conduzida pela coordenadora do Curso de Licenciatura, Antonella Tassinari, e pelo chefe de gabinete Aureo Moraes, que comparou o assassinato do líder indígena ao suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, ambos mortos por abuso de poder e crueldade. No enterro do reitor, os mesmo líderes da Associação dos Estudantes Indígenas da Ufsc – AeiufscUfsc realizaram uma cerimônia de agradecimento e de despedida a quem chamaram de um pai para os povos indígenas em Santa Catarina. A professora Dorothea Post Darella leu um poema feito para Marcondes Namblá por um ex-professor que está vivendo na Espanha e relacionou o crime à disputa do território indígena.

Manifestações de Nanblá Gakran e o presidente da Terra Indígena Tucun Gakran, e outras lideranças e professoras indígenas.

Por Raquel Wandelli / Jornalistas Livres

UNIVERSIDADE HOMENAGEIA EDUCADOR INDÍGENA ASSASSINADO NO ANO NOVO

Continua foragido até as 17:50 de hoje o homem apontado como assassino de Marcondes Namblá, 38 anos, líder e juiz da Terra Indígena Laklãnõ/Xokleng, de Santa Catarina. O primo e doutor em línguas indígenas, Nanblá Grakan, que está acompanhando as investigações da Delegacia de Polícia Civil do Balneário de Piçarras, comandadas pelo delegado Douglas Teixeira Barroco, afirma que não se trata de um crime comum. “Faz parte de um processo histórico em que o povo Xokleng é vítima de agressões e extermínio”, diz ele, afirmando que devem ser investigadas suspeitas ligadas a conflitos de terra.

Flagrado pelas câmaras de monitoramento de lojas do local do crime, em Penha, no Litoral Norte, e identificado através de testemunhas, Gilmar César de Lima, um homem branco de 22 anos, espancou o educador indígena com um porrete de madeira até causar-lhe traumatismo craniano encefálico. Embora tenha sido identificado logo no dia da morte do indígena e o juiz tenha expedido seu mandado de prisão ja no dia 3, ainda não foi preso. A família alega que ele teve tempo de se evadir porque a ordem de prisão preventiva do juiz demorou a ser cumprida. “Ele foi visto ontem em Rio do Sul”, lamentou Gakran. A hipótese sobre a qual trabalha o delegado, de que o crime brutal teve motivo fútil, não convence a família.

Entidades de apoio aos povos indígenas também pressionam para o aprofundamento das investigações e organizam homenagens ao grande líder, educador e juiz da Reserva Indígena de Ibirama, no município de José Boiteux, no alto Vale do Itajaí (SC). O Curso de Licenciatura Indígena intercultural do Sul da Mata Atlântica, onde Namblá se formou, está preparando uma homenagem para a terça-feira, dia 9/1, na UFSC, que deverá ser assistida por uma grande parte da aldeia, onde ele era adorado por cerca de 2.500 habitantes.

Em homenagens seguintes, os professores também se deslocarão para a aldeia, informou a estudante de Fonoaudiologia da UFSC, Isabel Preste, que é casada com o primo do Indígena assassinado e vive na mesma aldeia. Na aldeia onde ele nasceu, viveu com a esposa e os cinco filhos e onde foi enterrado a desolação e o inconformismo com a perda cruel do líder permanece.

 

Veja a nota publicada pelo Curso de Licenciatura Indígena da UFSC:

“Condoídos pela tristeza da perda de nosso ex-aluno Marcondes Nanblá e indignados pelas circunstâncias cruéis e desumanas do seu assassinato, convidamos para uma cerimônia em sua homenagem, a ser realizada na terça-feira, dia 9 de janeiro de 2018, às 9 horas, no Templo Ecumênico da UFSC.
Será uma ocasião para celebrar a memória deste jovem líder Laklãnõ-Xokleng que vinha trabalhando com afinco para melhorar as condições de vida de seu povo, assim como vinha despontando como um brilhante intelectual indígena.”

Acompanhe as investigações dos Jornalistas Livres durante o dia.

(Raquel Wandelli)

Foto de Jornalistas Livres.

 

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