Professora lê trecho do texto inaugural da coluna Café com Muriçoca, na abertura de evento internacional de literatura comparada
“A muriçoca, sim, sou eu. Nordestina extraviada, poeta das margens, cronista da confusão.
Meu caminho é de favela, minha escrita é pé-de-guerra e meu destino é a revolução”.
Foi com esse trecho do texto inaugural da coluna Café com Muriçoca, de Maria Nilda de Carvalho Mota, mais conhecida como Dinha, uma das jornalistas do JL Negro, que a professora, Alvanita Almeida Santos, abriu o evento acadêmico da Associação Brasileira dr Literatura Comparada (ABRALIC), em Salvador/BA, na noite da última segunda-feira (10).
Entre pesquisadores, estudantes e escritores estavam naquele momento, a filósofa e ativista do movimento social negro, Angela Davis, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e a escritora Conceição Evaristo.

Segundo Dinha, enquanto a abertura do evento acontecia em Salvador, ela começou a receber imediatamente mensagens de pessoas que presenciaram o momento em que o seu poema foi citado.
“Ao que parece, foi uma surpresa e gerou comoção e gritos de alegria. Me anima muito saber que as produções do Núcleo Negro do JL têm ganhado o mundo e contribui para afirmação e autoestima do nosso povo”, disse a poeta, escritora.
O Núcleo Negro do JL é um grupo de profissionais e militantes de diversas áreas do conhecimento, voluntáries e firmes no projeto de enegrecer o jornalismo.