No domingo de eleições (02), um frigorífico no bairro de Jardim Goiás, em Goiânia, vendeu picanhas a R$ 22,00, em homenagem a Jair Bolsonaro, atual presidente da República e candidato à reeleição pelo PL, partido com o número 22. Entretanto, o estabelecimento foi flagrado pelo Procon vendendo 50 kg de carne imprópria para consumo.
A loja foi processada ainda no dia das eleições pelo Tribunal Regional Eleitoral, e o juiz eleitoral Wilton Muller Salomão suspendeu a promoção. “A venda de carne nobre em preço manifestamente inferior ao praticado no mercado, no valor de R$ 22, revela indícios suficientes para caracterizar, em sede de um juízo não exauriente, conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral”, escreveu o juiz.
O instituto encontrou pouco mais de 44 kg de carne sem informações sobre o prazo de validade e a data de embalagem do produto, além de 5,5 kg de carne e 10 unidades de tempero e suco de laranja vencidos. Após ser autuada, a empresa pode pagar uma multa de R$ 754 a R$ 11,3 milhões.
Em alguns estabelecimentos, um quilo da carne pode chegar a custar até 200 reais. Entretanto, no frigorífico da promoção, bastava chegar usando uma camiseta da Seleção Brasileira que o desconto na picanha era dado.
Uma mulher morreu em um tumulto causado na entrada do estabelecimento. Segundo o marido da vítima, ela teve a perna prensada contra a porta do frigorífico, o que acabou rompendo uma veia e causando uma hemorragia na vítima.
De acordo com a Polícia Civil, a morte foi considerada acidental, e a perícia médica ainda não foi concluída. “Foi solicitado exame cadavérico para verificar a causa da morte”, informou a polícia ao Correio Braziliense.