2020 deixará saudade, não pela tragédia inoculada, mas pelas palavras que invadiram a consciência, ciência aflita na mente e vozes da gente.
Homens de livros e palavras determinam uma nação possível, gesto de dedos na mão. Poderes sem verbo cairão na sarjeta, no bueiro urbano que poluem o rio Tietê e adjacentes, território de minhas águas, nossas águas.
Saímos desse ano insano com um intelectual do ano e homens de saberes indígena.
Incide a chama, um Camões que tigiversáramos no tempo inglório, passado longínquo que persiste.
Ailton Krenak será sempre o pensador do ano, nosso Juca Pato de natal, e Davi, que aponta a estrela do céu que cai, caiu na academia do pensamento da humanidade, sabe o que diz.
Ano novo ocupa o vasto território de nossa flama, avante vivemos.
*imagens por Helio Carlos Mello
2 respostas
É como se Kopenawa; Ailton Krenak; Einaldo Gamela e tant@s outras personalidades indigenas, intelectuais orgânicas, nos dissem em forma de pergunta e resposta: “O que Fazer” – agora que vocês brancos praticamente destruíram o planeta terra. Para mim, o maior presente de 2020 foi ter tido a oportunidade de, por meio das obras desses intelectuais, me aproximar mais do pensamento e prática dos Povos Indígenas do Brasil. Desejo Vida longa para Kopenawa; Ailton Krenak; Einaldo Gamela; aos povos indígenas das Américas!
AGUYJEVETE!!!!