PCB lança pré-candidatura à presidência e governo de SP

Ato no centro de São Paulo lançou Sofia Manzano para presidência e Gabriel Colombo para governo do Estado
Foto: Lucas Martins

O Partido Comunista Brasileiro (PCB), conhecido como partidão, lançou suas pré-candidaturas para presidência e governo do Estado de São Paulo. O ato contou com algumas centenas de militantes do partido na Praça Roosevelt, no centro da cidade. Durante o evento, além das falas de lançamento, foram remoradas as contribuições do partido e sua atual situação.

A pré-candidata à presidência, Sofia Manzano, que é economista e professora explica a importância da sua pré-candidatura “No momento de campanha eleitoral, a população está mais aberta a discutir política, se politizar. Então as candidaturas mais a esquerda cumprem um papel importante para esse processo de politização. Para a organização da classe trabalhadora, que é extremamente importante nesse momento. Para que a gente possa enfrentar quem quer que ganhe a eleição. As demandas que certamente virão em 2023 vão exigir da classe trabalhadora nível muito superior de organização”.

Foto: Lucas Martins

O militante Gabriel Colombo, pré-candidato ao governo estadual, também defendeu o lançamento da candidatura independente “É fundamental lembrar que a eleição no Brasil tem dois turnos, muito da tática da frente ampla ou da frente progressista, como o Haddad tem apresentado em São Paulo, é uma lógica de já no primeiro definir todos os aliados englobando a esquerda, mas abrindo mãos das pautas e bandeiras históricas da classe trabalhadora. A gente entende que esse momento é crucial porque boa parte da população tá debatendo política, tá se colocando pra esse debate”, explica.

“E não dá pra fazer essas concessões agora, é importante a gente disputar pelo menos o primeiro turno com uma candidatura própria. Porque os grandes dramas que a gente sofre urbano em São Paulo, como o do transporte público, eles dizem muito respeito às concessões, as parcerias públicas privadas, aos grandes benefícios que os empresários ou a máfia do transporte. Então é muito importante apresentar essa pauta. Se a gente vai pro segundo turno disputando com a esquerda é melhor ainda. Se a gente não vai, quanto mais forte a gente for no primeiro turno mais força a classe trabalhadora e suas pautas tem na conjuntura do estado de São Paulo e também do país. Porque um estado grande como São Paulo também não pode ficar de fazer o debate nacional”, continuou.

Foto: Lucas Martins

Sobre a relação com um eventual governo Lula, Manzano é clara “nós acreditamos que um possível governo Lula, diante das alianças que o PT tem feito até agora, mesmo antes do primeiro turno, vai ser um um governo de conciliação ainda mais rebaixado do que foi nos primeiros mandatos. Isso vai exigir da população, da classe trabalhadora e dos movimentos de esquerda, uma organização muito maior para que nós possamos através da luta política na sociedade impedir que se degrade ainda as condições de vida da classe trabalhadora. Precisamos revogar o teto de gastos, revogar a lei de responsabilidade fiscal, revogar as privatizações… então tudo isso vai demandar um nível de organização mais elevado”.

Sobre as novas candidaturas do PCB, que conta também com o nomes mais conhecidos, como Jones Manoel em Pernambuco, Colombo explica “tivemos um período largo de lutas em que a gente participou ativamente. Nas ruas, organizando sindicatos, ocupações urbanas, ocupações rurais, manifestações. Isso tudo foi condensando. E assim ampliamos a militância do PCB e seus coletivo. Fortalecemos uma esquerda radical no país, que por sua potencializou o debate marxista, o debate revolucionário, que tende a favorecer obviamente o campo comunista. Então, por isso, a gente chega aqui, apesar de ser muito jovem, tanto o Jones lá quanto eu aqui, somos os pré-candidatos mais jovens da disputa do governo do estado. Mas a gente já esta aí há sete, dez anos participando ativamente das lutas e da construção do PCB”.

Foto: Lucas Martins

COMENTÁRIOS

5 respostas

  1. Essa eleição será só PCB mesmo, no segundo turno vai no menos pior para a classe trabalhadora e olhe lá!

  2. PCB entre os partidos eleitorais é o melhor, pautas serias e coerentes com a realidade.

    1. Seria bom, que as matérias fossem separadas por estado. Ex. Candidata à presidência + Apoio à (ao) Candidata (o) Estadual, no Rio de Janeiro.

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