Paulo Guedes do PT é alvo de atentado durante comício em Minas Gerais

Na noite de domingo (25), o deputado federal foi vítima de um atentado com arma de fogo por policial militar
Imagem: [Reprodução/Twitter]
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Na cidade de Montes Claros (MG), Paulo Guedes (PT – MG) foi alvo de três tiros disparados por soldado da Polícia Militar durante um comício de sua campanha eleitoral. O autor do atentado foi Dhiego Souto de Jesus, de 30 anos, que acabou preso em flagrante na mesma noite. “Até aonde vai esse ódio? Bolsonaro mata”, declarou o deputado federal. 

Por Raquel Tiemi

Segundo o boletim de ocorrência realizado, Dhiego disse que, quando passou pela carreata, sem saber de qual partido era a campanha, estava acompanhado de uma amiga, no banco de trás do carro, que gritou “Bolsonaro”, logo após, três motocicletas teriam fechado seu veículo. Com isso, o soldado informou que se assustou e, com medo de estarem armados, porque colocaram a mão na cintura, atirou para cima e saiu do local, mas foi seguido e abordado mais uma vez no bairro Jardim São Luiz. 

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O Paulo Guedes do PT, por outro lado, afirma que já estava no final da carreata na Avenida Sanitária, entre o Mercado Municipal e um semáforo, em cima do trio elétrico, quando o Voyage branco passou e um homem colocou o braço para o lado de fora e consolidou o atentado. 

Já as pessoas lá presentes disseram que os tiros foram em direção ao trio. Felizmente, ninguém se feriu no atentado.

Outros atentados

O episódio de domingo (25) não foi o primeiro. Na manhã da sexta-feira (23), os cabos eleitorais do PT também foram vítimas de violência política em Montes Claros. O atentado ocorreu durante uma ação de campanha em prol do candidato a deputado federal Paulo Guedes (PT), do candidato a governador Alexandre Kalil (PSD) e do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O policial militar bolsonarista, que está afastado da instituição, deu tiros para o alto, proferiu xingamentos e fez gestos obscenos aos trabalhadores da campanha.  

Em julho de 2022, a primeira vítima de uma onda de atentados teve um desfecho fatal. Em Foz do Iguaçu (PR), o tesoureiro do PT e guarda municipal, Marcelo Arruda, foi brutalmente assassinado pelo bolsonarista e agente penitenciário, Jorge José da Rocha Guaranho. Durante a festa de aniversário do petista com tema Partido dos Trabalhadores, o policial penal invadiu o evento e atirou contra Marcelo, o qual também devolveu os tiros em legítima defesa. 

A democracia e suas bases têm sofrido constantes atentados que fomentam o extremismo e a intolerância. Em decorrência disso, casos de violência política têm protagonizado muitos noticiários durante o período eleitoral, mas não devem ser banalizados.

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