Na tarde de ontem (16), a Polícia Civil pediu a revogação da prisão de Clóvis Conceição Costa e Wallison Augusto da Costa, que foram presos injustamente em Americana, SP. Pai e filho foram acusados de roubo no condomínio de luxo Terras do Imperador, que levou 220 mil em bens. Clóvis e Wallison possuem provas e álibis que garantem sua inocência, mas seguem presos.
Por Thaís Helena Moraes
O pedido da Polícia vem após ampla mobilização popular. No dia dos pais (14), Wallison Lazaro Costa denunciou a prisão do pai e do irmão, apresentando documentos que provam sua inocência. Na última segunda-feira (15), uma carreata foi realizada entre Santa Bárbara e Americana para protestar contra a situação. Agora, a soltura de Clóvis e Wallison depende de decisão da Justiça
Em 30 de julho, um assalto ocorrido no condomínio de luxo Terras do Imperador levou 220 mil em bens. Clóvis e Wallison, que trabalham com carretos de mudança, estiveram no condomínio alguns dias antes, e registraram-se regularmente na portaria. A polícia teve acesso às câmeras de segurança e pediu à vítima que identificasse os suspeitos; pai e filho foram apontados como envolvidos no crime.
No entanto, nesse mesmo dia, Clóvis comparecia a um exame cardiológico, e o filho, Wallison, realizava um trabalho de carreto fora da cidade. Documentos apresentados pela defesa incluem uma certidão da Secretaria Municipal de Saúde de Americana e uma ficha de atendimento ambulatorial registrada no horário do crime. Além disso, conversas de WhatsApp e uma testemunha, contratante do carreto, comprovam que pai e filho não estavam presentes no local e horário do crime.
Outra suspeita do roubo é Luma Valéria Rovagnollo. Vizinha das vítimas no condomínio Terras do Imperador, Luma já foi condenada por integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital); sua prisão preventiva também foi determinada, mas ela segue foragida. Segundo investigações, Luma teria alugado uma casa no condomínio pouco antes do crime, sob uma identidade falsa. No dia 19 de agosto, com o nome falso de Priscila, Luma contratou o serviço de frete de Clóvis e Wallison para transportar móveis.
A Prisão
Em 4 de agosto, o delegado José Donizeti de Melo pediu a prisão temporária de Clóvis, Wallison e Luma, aprovada pelo Ministério Público. Já no dia seguinte, o juiz Eugênio Augusto Clementi Junior determinou a prisão preventiva por 30 dias.
Na última quinta-feira (11), a defesa apresentou uma petição no inquérito policial, contestando a prisão de Clóvis e Wallison Costa. O promotor do caso, no entanto, foi contrário à soltura, uma vez que a vítima havia identificado os suspeitos categoricamente nas câmeras de segurança. Além disso, alegou que os documentos apresentados, bem como os celulares dos suspeitos, ainda precisavam passar por perícia.