OS LUSÍADAS E OS FACÍNORAS

Alerto-me  entre tantas tramas. Fomos desbravamento, fronteiras, ocupação e um desapropriar para muitos.

Procuramos alma, sei, desenvolvimento, ordem, progresso, mesmo tendo o mundo de cabeças para baixo desde a fundação dum país.  Assim mesmo acreditamos, nos induzem ao ilusionismo, mágicas, milagres.

Sim, somos o futuro.

Tão doce o açúcar de nossos canaviais, nosso ouro, nossas águas, madeiras de lei. E o óleo negro além do canto das cigarras, o inferno do pré sal, nossa dislipidemia a corromper todos os ritmos ou ideologias.

Comunhão foi palavra aqui soterrada ao primeiro passo lusitano, a primeira missa na praia alva, tão felina para empreendimentos e férteis cobiças. Tantos corpos dançantes, nus e livres ao destino do bem cruel.

Foi sim uma terra para aventureiros, nunca houve dúvidas. A cama das insanidades e alquimias.

 

Espaço navegante, tudo permanecerá transcorrendo, eólicos grandes ventiladores nas dunas de sertão.

Velhas formas do andar nessa terra sempre são úteis, abandones não antigas novenas ou reconversores.

Nunca se sabe tudo de heróis incautos, sementes em desvelos, obscuridades, mitos, antigas lendas.

 

Macunaíma pedra mágica, consentimento, mundo desigual, açoite.

Vapor barato, assim tão cansado, no mar, no campo e mato, tanta tormenta e tanto dano, tanta necessidade aborrecida, tanto engano de Camões e outros intectualismos e seus contrários.

Tempo bom, tempo ruim. 

Tempo de chuva.

 

*imagens por helio carlos mello© – Jonalista Livre

 

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