OS BICHOS NO BRASIL DOS FATOS.

É cobra, é anta, é trairão, é macaco, é onça. Será que são as florestas do Brasil e seu fim que dão aos motes a cara e tom de animais?

Não sei, ando como com piolhos na cabeça, a coçar a cuca, a coçar ideias. Lula falou que pisaram na cobra, mas não na cabeça, lembro-me bem. À presidenta chamavam de anta, sem entender que anta é bicho elegante, de fina educação. Lembro-me também, de um momento pessoal,  quando em terra indígena dos Rikbaktsa, fazia eu minhas necessidades no mato, calmo, quando percebi um leve vapor ao meu lado. Era uma anta olhando-me em posição tão imprópria. Tão educada foi a anta, partiu  sem dizer adeus e por pouco não caí literalmente na própria merda. Do trairão foi Temer assim denominado. Trairão é peixe forte e sorrateiro, ardiloso, come a todos que olham a paisagem entre água fresca ou turva.

O macaco é o povo mesmo, aquele que morre ao assassinato por engano e desinformação dos parentes humanos, cegos de medo. Macaco  é sentinela, nos indica que a morte ronda, não transmite o vírus.

Da onça, digo apenas, vai chegando a hora dela beber água.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

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