Ocupação da IFG da Cidade de Goiás denuncia professor acusado de assédio

Reprodução: página do Facebook IFG - Cidade de Goiás ocupado

Por Frederico Noleto, especial para o Jornalistas Livres

Aproximadamente 50 alunos do Ensino Médio ocuparam, na manhã desta sexta-feira (01/07), as instalações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IF) da Cidade de Goiás (GO) para denunciar atos de assédio sexual por parte de um dos professores da instituição. Relatos contam sobre aliciamentos, festas regadas a álcool e drogas, recrutamentos e reiteradas promessas de “boas notas”. A ocupação contou com total apoio dos pais, que já denunciaram o caso ao Conselho Tutelar do município.

“Ele promovia festas com bebidas e álcool. O boletim de notas era usado tanto para recompensar alunos que o ajudavam no “recrutamento” quanto para punir quem reclamasse ou ousasse denunciar” – conta a mãe de uma das garotas assedias sexualmente. “Haviam rumores sobre possível má conduta, mas apenas há cerca de duas semanas tomamos conhecimento sobre estes fatos mais graves” – explica a diretora Lisandra Passos.

Reprodução página do Facebook IFG - Cidade de Goiás ocupado
Reprodução página do Facebook IFG – Cidade de Goiás ocupado

Dezenas de relatos dos menores contam das reiteradas tentativas de investidas do docente às alunas. Tanto pais quanto alunos se queixam de possível demora na apuração dos fatos. “Não queremos que ele seja apenas trocado de sala. A direção não pode ser negligente neste caso” – reclama a mãe. Segundo Passos, já foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar as denúncias.

A diretora explica que quando tomou conhecimento dos relatos mais contundentes deu ciência ao reitor que, por sua vez, os repassou à Procuradoria Federal, onde foi decidida a necessidade de abertura do PAD. “Já havíamos aberto um processo há cerca de 50 dias e agora o reitor abrirá outro contendo estas novas denúncias. A partir disto, o prazo é de até 120 dias para ser apurado. Mas provavelmente não acontecerá em prazo tão longo. Por enquanto o que sabemos é que todos têm direito a se defender, ao contraditório”.

 

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