O TRIBALISMO, LUGAR SEGURO, SEM FIM

Corri tantos riscos que creio no amor. Afinal, no começo era o ovo e sobre ele a bunda de Deus. É a vontade que determina e seus afagos. Tudo tem seu canto, seu lugar e hora.

 

Vou comprar um macacão  e me tingir de graxa para ver se você volta no domingo. Chama-se estrada nossa história. É carro, são sonhos. É torneiro, é pedreiro, é carvoeiro, é pajé, é pai de santo. São com esses que eu vou cair da ponte para o futuro, nas águas afogar-me lavando a alma, atropelar.

 

Deputado, senador, juiz, eu quero ver sustentar o golpe, segurar o samba, vestir a faixa, nos beijar com a boca de hortelã apesar da soja, café, ouro e petróleo entre os bolsos e beiços. Lá se vai mais um fim de semana e seu espírito, corações que não se amam. Será eleição.

 

Território, legitimidade? O que justifica tais ocupações da mente, lugares comum? É Lula, é Agro, é Militar? Não sei, é uma transa.

 

Meus caros, estamos diante de afluentes, o braço dos córregos, saída de lagoas, janelas e portas das águas. Boca grande de foz, tal o Lula livre. Ou ficamos todos juntos ou tudo se refaz como solo, adubo, plantas novas, espinho.

 

Aprendi com indígenas diversos que tudo, tudo, tem dono. Dom? Não sei, de posses fechou-se a ferida. Tudo carece de propriedade em uso devido, não se iluda nos afagos de satã com promessas vãs, afinal a voz do povo é a voz do Deus, seu traseiro, aprendi bem.

 

Turvou? Entortou-se, desviou-se? Isso são assuntos de engenheiros ou outros arquitetos. Vigilância e ética são paradigmas. Vaidade e ira são paradoxos.

 

Entre medo e ambição vaga leito. Resultados  e margens nem sempre prevalecem.

 

Por mais que relutem,  o amor será dono da cabeça.

 

*imagens por Helio Carlos Mello©

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornalistas Livres

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