O sangue nas mãos do governador Tarcísio

A matança na Baixada Santista se chama institucionalmente como “Operação Escudo da PM de São Paulo”, onde deixou ao menos 14 mortos em busca dos assassinos do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da corporação.

A iniciativa pretende prender os criminosos responsáveis pelo tiroteio ocorrido em 27 de julho em Guarujá e revelou-se desastrosa, mesmo com a utilização de câmeras nos uniformes policiais.

Surpreendentemente, o governador Tarcísio, inicialmente elogiou a ação e a chamou de excelente, mas agora enfrenta críticas severas.

Segundo levantamento, a atual operação da PM já é a mais letal no estado de São Paulo desde os “crimes de maio” de 2006, quando as forças de segurança reagiram aos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mataram ao menos 108 pessoas, conforme apontado pela Defensoria Pública. Desta vez, choca a informação de que a maioria dos mortos não tinha qualquer relação com o crime que vitimou o policial.

Famílias estão desesperadas e a comunidade abalada diante da violência e da perda de vidas em uma operação que pretendia trazer justiça para o policial assassinado.

A “Operação Escudo”, que começou em 28 de julho, está prevista para continuar até 28 de agosto, levantando preocupações sobre quanto sangue ainda será derramado.

Por: Gabriel Lima

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