O ODOR DO REFÚGIO E A DOR DA FUGA

O ambiente das entranhas é escuro e sua fuga cheira a feno pisado por muitos. O espaço é redondo e o tempo é curvo  no chão perverso de nosso espanto. Pessoas dormem refugiadas da morte que as espreita no centro da sala em um conto sírio.

Maureen Bisilliat e Nair Benedicto na mostra Avessos e Paradigmas.

Da imagem que brota no chão, o silêncio dói entre a nova fotografia brasileira e antigos mestres em tempos sombrios. No Museu da Imagem e do Som http://www.mis-sp.org.br/icox/icox.php?mdl=mis&op=programacao_interna&id_event=2338, na cidade de São Paulo, Mauricio Lima, que recebeu o Prêmio Pulitzer, em 2016, e sua exposição Farida, de robusta câmera, está acompanhado de  Maureen Bisilliat, Nair Benedicto, German Lorca e Penna Pearo, que mostram suas habilidades com os portáteis e voláteis smartphones, novos brinquedos para antigos sábios em perspectivas.

German Lorca.

Será a história o tempo de uma fotografia ou é a fotografia que nos ensina que temos uma história. O que conduz um homem ao ato de fotografar? Mauricio Lima é severo conosco, a poesia é feita de pedras, barro amassado e mato pisado por milhões de pés sem pátria e viver é uma busca entre bestas que dividem a terra.

 

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