Você já parou pra pensar de onde vem as informações que você tem sobre o MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra? Organizado em 24 dos 27 estados brasileiros, o Movimento dos Sem Terra se organiza na luta pela terra, pelo direito à alimentação saudável, livre de veneno, e fruto da agroecologia e da agricultura familiar.
Chamados de “terroristas” e “invasores” por pessoas ligadas ao agronegócio e por grandes donos de terras que não cumprem função social e por veículos de comunicação financiados por esses latifundiários, os Sem Terra atuam na defesa da reforma agrária no Brasil.
A luta Sem Terra pelo direito à terra para quem nela trabalha e produz passa pelas ocupações, que são realizadas em terras que não cumprem função social. A função social, presente na Constituição Federal de 1988, é o princípio que guia o direito de propriedade no Brasil. De acordo com ele, todo bem, seja móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ser utilizado em prol dos interesses da sociedade, e não apenas dos proprietários.
Ou seja, militantes do MST não vão invadir a sua casa, a chácara da sua tia ou o sítio do seu avô. O Movimento defende que haja uma reorganização da estrutura fundiária com o objetivo de promover e proporcionar a redistribuição das propriedades rurais, para efetuar a distribuição da terra para realização de sua função social.
Não cumprir a função social significa dizer que a terra tem sido usada para a degradação do meio ambiente, utiliza-se de trabalho escravo e/ou ela não produz. Tendo um destes três elementos, essa terra deve, como a nossa lei manda, ser desapropriada para fins da reforma agrária”.
Prova que a atuação do MST não é criminosa, é que o próprio Movimento divulga suas ações nas redes sociais. Para conhecer mais sobre a atuação do MST, seja no âmbito nacional ou em seu estado ou região, você pode acessar a página do Movimento ou acompanhar as publicações nas redes sociais.
O Movimento pontua que “invasão é coisa de elite e ocupação é o direito legítimo dos povos de restituir aquilo que lhes foi roubado”, fazendo referência a invasão do Brasil pelos europeus e ao processo de saque e sucessivos ciclos econômicos de exploração na agricultura, acompanhado de todo o processo de escravização indígena e negra.
Mas a luta pela terra não é a única bandeira do MST. “Mesmo depois de assentadas, estas famílias permanecem organizadas no MST, pois a conquista da terra é apenas o primeiro passo para a realização da Reforma Agrária. Os latifúndios desapropriados para assentamentos normalmente possuem poucas benfeitorias e infraestrutura, como saneamento, energia elétrica, acesso à cultura e lazer. Por isso, as famílias assentadas seguem organizadas e realizam novas lutas para conquistarem estes direitos básicos”, explica o site do Movimento.
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