Os empresários Amilcare Dallevo e Marcelo de Carvalho, donos da Rede TV, têm ocupado seu tempo, nas últimas semanas, em desmentir que estejam conversando com prováveis compradores da emissora. Amargando prejuízos e com a audiência cada dia menor desde que aderiu ao bolsonarismo, o futuro da Rede TV é incerto.
Ângela Carrato *
Incerto parece cada dia mais, igualmente, o futuro da grande maioria dos veículos da mídia comercial brasileira que apoiou e participou, com entusiasmo, da derrubada da presidente Dilma Rousseff, em 2016, num golpe travestido de impeachment.
Além da piora evidente em todos os índices econômicos e sociais do Brasil e na falta de perspectivas a curto e médio prazos para a maioria da população, os negócios envolvendo a mídia também estão sendo duramente atingidos pelo golpe.
Isso, claro, não é e dificilmente será manchete em jornais, rádios ou emissoras de TV, mas é inegável que o feitiço virou contra muitos feiticeiros.
Especialista em abordar os assuntos segundo a sua conveniência, a mídia comercial brasileira faz silêncio sepulcral sobre a própria situação. Silêncio que pode ser entendido como sinal da preocupação em que vive.
E não é para menos.
Não há, na história mundial, nenhum exemplo de país em que a economia foi destruída, a vida da maioria da população piorou incrivelmente, milhares de pessoas morreram sem necessidade devido a uma crise sanitária e a mídia conseguiu se manter nos mesmos patamares econômicos e de confiabilidade de antes.
Raros foram os jornais, por exemplo, que sobreviveram à primeira Guerra Mundial e à Grande Depressão de 1929, seja na Europa ou nos Estados Unidos. Mais raros ainda os que se mantiveram vivos após a Segunda Guerra Mundial, com as populações considerando-se enganadas por eles.
No Brasil, as crises políticas e os golpes de estado têm sido os responsáveis pela destruição e derrocada de grupos tradicionais de mídia, substituídos por novos alinhados aos donos do poder ou abandonados à própria sorte por leitores e telespectadores desiludidos. Tem sido assim desde a proclamação da República e nada indica que venha a ser diferente agora.
DESTINO SELADO
No passado, um caso emblemático é o do jornal Correio da Manhã. Com sede no Rio de Janeiro, ele foi um dos principais formadores de opinião no país de 1901 a 1974. Fundado por Edmundo Bittencourt, vangloriava-se por dar ênfase à informação em detrimento da opinião. Caracterizou-se por fazer oposição a quase todos os presidentes brasileiros, razão pela qual enfrentou perseguição e foi fechado em diversas ocasiões, com seus proprietários e dirigentes presos.
Mas foi depois de apoiar o golpe civil-militar de 1964 que o Correio da Manhã teve seu destino selado. Mesmo rapidamente desiludindo-se com a ditadura que ajudara a implantar, o que levou muitos de seus diretores a serem presos, a publicação não conseguiu mais se reerguer e nem recuperar o prestígio que possuía, acabando por ser arrendado por um grupo de empresários, o que equivaleu à sua morte.
Se para o Correio da Manhã bastaram poucas semanas para que a desilusão começasse a ser estampada em suas páginas, nos dias atuais, o processo mostra-se mais lento. Mesmo assim, o desencanto, em formas as mais variadas, também já começa a dar as caras na mídia brasileira.
Os rumores e os desmentidos pouco convincentes em torno de uma possível venda da Rede TV acenderam uma espécie de luz amarela para a TV Bandeirantes. Mesmo sendo de um grupo que possui outros veículos de mídia – rádio, TV paga e jornal -, a família Saad, sua proprietária, vem alternado apoio explícito e críticas ao governo Bolsonaro, mas sem alcançar os objetivos pretendidos.
O grupo Band está longe de conseguir abocanhar uma parcela expressiva das verbas publicitárias do governo federal, ao mesmo tempo em que parte de sua programação policialesca é cada vez mais questionada por setores da opinião pública. Some-se a isso que a família Saad também começa a ser atingida em seus negócios envolvendo a agricultura, pois para servir aos Estados Unidos, Bolsonaro passou a agredir a China, principal parceiro econômico do país e maior comprador das commodities agrícolas brasileiras.
MAIOR PREJUDICADO
Principal grupo de mídia do país, o grupo Globo é, sem dúvida, o maior prejudicado pelo golpe que apoiou. Oficialmente, o grupo vem passando por uma “reestruturação”, mas, na prática, encolhe a olhos vistos.
Entre ídolos de novelas e jornalistas conhecidos, o Grupo Globo já demitiu centenas de pessoas nos últimos meses, reduziu setores, fundiu núcleos e acabou com departamentos inteiros. Dezenas de profissionais pediram demissão, atraídos por propostas mais vantajosas de concorrentes como a CNN Brasil e a TV Record, que os Marinho não conseguiram cobrir.
O que antes parecia impossível, agora se tornou normal: a TV Globo e a rede de rádios, CBN, estão perdendo profissionais para os concorrentes e a sangria está longe de acabar. O motivo é um só: o grupo Globo deixou de ser o principal destinatário das verbas e das benesses oficiais.
Acostumados a mandar e desmandar no Brasil, os irmãos Marinho, depois que foram essenciais para tirar o PT do poder, acreditaram que poderiam voltar a dar as cartas, como sempre fizeram. Tanto que apostaram todas as suas fichas em candidatos neoliberais como Alckmin, Meirelles, Amoedo e
Álvaro Dias nas eleições de 2018 e se deram mal.
No segundo turno, entre o candidato do PT, Fernando Haddad, e o do minúsculo PSL, o ex-capitão Bolsonaro, os Marinho hesitaram, mas acabaram indo de Bolsonaro, convencidos que poderiam colocá-lo na coleira.
Não deu certo.
Bolsonaro passou a ter na TV Record a emissora de sua preferência e transferiu para ela a maior parte das verbas publicitárias oficiais. Dados indicam que se em 2017 e 2018, a Globo encontrava-se isolada na liderança do bolo publicitário, e que as TVs Record e SBT se revezavam em segundo lugar, essa situação alterou-se em 2019. Em primeiro lugar ficou a Record, com R$ 10,3 milhões. Em segundo, veio o SBT, com R$ 7,3 milhões. Em terceiro ficou a Globo, com R$ 7,07 milhões.
A título de comparação, o faturamento da Record junto ao governo no primeiro trimestre de 2019 teve um crescimento de 659%, sem que a emissora tenha feito nada para isso, exceto a declaração de seu dono, Edir Macedo de apoio a Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições de 2018. O faturamento do SBT também cresceu no período: 511%. Enquanto isso, o faturamento do Grupo Globo cresceu apenas 19%, saindo de R$ 5,9 milhões para R$ 7,07 milhões.
Esses números somados à redução no faturamento dos anunciantes tradicionais explicam os problemas que os irmãos Marinho passaram a enfrentar. Problemas acrescidos com a entrada no mercado brasileiro do grupo estadunidense CNN. E mesmo que num primeiro momento a CNN pareça não incomodar com seus parcos índices de audiência, os dirigentes da Globo sabem que ela tem muita bala na agulha e veio para ficar.
A partir de então, os Marinho tiveram que dar tratos à bola para combater Bolsonaro sem, contudo, criticar a agenda econômica de seu governo, que, não só apoiam, como defendem com unhas e dentes. Foi essa agenda, radicalmente oposta a que o PT colocou em prática nos anos em que esteve no poder, que animou a classe dominante brasileira a golpear Dilma e prender, sem provas, o ex-presidente Lula, a fim de impedir que disputasse as eleições de 2018.
CRÍTICAS E ELOGIOS
O resultado dessa esdrúxula situação é que os veículos do Grupo Globo vem alternando críticas a Bolsonaro, especialmente no que diz respeito à sua postura em relação à pandemia, ao mesmo tempo em que elogiam e cobram maior celeridade do ministro da Economia, Paulo Guedes, nas reformas econômicas e na agenda de privatizações. Leia-se: entregar, o mais rápido possível, o patrimônio brasileiro a preço de banana para grupos econômicos internacionais.
E se a crise brasileira já era grave, devido às medidas de redução do investimento público e de retirada de direitos da maioria da população, a pandemia veio agravar ainda mais esse quadro. E o resultado acabou atingindo também os anunciantes.
É visível, por exemplo, a redução no número de grandes anunciantes nos intervalos comerciais do chamado “horário nobre” da TV Globo – das 18 às 24 horas. No Jornal Nacional, principal telejornal da emissora, esses intervalos passaram a ser povoados por institucionais da própria emissora.
Nas duas últimas semanas, o quadro melhorou um pouquinho em função do Natal, mas as previsões não são nada boas. Os canais do SportTV, do grupo Globo, põem em teste a paciência de seus telespectadores com uma mesma – e chata – propaganda dos postos Ipiranga repetida em praticamente todos os intervalos.
Com o Carnaval no Rio de Janeiro, um dos eventos mais lucrativos para a TV Globo, suspenso em função da pandemia e sem data definida para acontecer, janeiro e fevereiro de 2021 prometem ser meses magros. Some-se a isso que a TV Globo perdeu o direito para transmitir a Copa Libertadores da América e o Campeonato de Fórmula-1 de 2021, que agora é do SBT, e quase perdeu também a hegemonia nas transmissões do Campeonato Brasileiro de futebol.
Alegando que atendia a uma reivindicação do Flamengo, cansado de ter aborrecimentos com a TV Globo, Bolsonaro enviou ao Congresso Nacional uma medida provisória que garantia ao time que tivesse mando de campo a decisão sobre as transmissões da partida. Se aprovada, a MP do Futebol acabaria com o poder da Globo no setor, com terríveis repercussões econômicas para a emissora, pois esses patrocínios constituem uma de suas principais fontes de recursos.
O governo não fez nenhum esforço para que a MP fosse discutida e ela acabou perdendo validade sem ser apreciada. Mas o recado que interessava a Bolsonaro foi dado aos Marinho: eles podem perder muito nessa disputa.
AFAGO AOS ANUNCIANTES
As investidas de Bolsonaro contra a Globo não param aí e estão longe de terminarem. Depois de ameaçar cassar a concessão da emissora, agredir repórteres e usar setores da Justiça carioca para intimidar os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, a depor por suposto descumprimento de decisão legal que proibia divulgar qualquer notícia envolvendo o processo das “rachadinhas” do filho Eduardo Bolsonaro, o governo agora aposta no aumento da pressão econômica e no isolamento político dos irmãos Marinho.
A pressão econômica pode ser traduzida pela redução ao mínimo possível das verbas publicitárias para a emissora, uma vez que o Palácio do Planalto decidiu – e ficou por isso mesmo – que não se pautaria pelo critério de mídia técnica, instituído nos governos petistas. A mídia técnica levava em conta a audiência das emissoras de rádio e de TV na hora de programar as divulgações oficiais. Vale dizer: pela primeira vez no país tinha-se um critério para distribuição dessas verbas.
Já o isolamento político é uma operação bem mais complexa e envolve derrotar a direita que apoia e tem o apoio do Grupo Globo. Vale dizer: derrotar os tucanos e seus aliados, em especial a turma que gravita em torno do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aquele que mesmo criticando Bolsonaro da boca para fora,
ficou sentado sobre 51 pedidos de impeachment, que poderiam ter colocado ponto final no governo do ex-capitão.
Aliás, uma prova do morde e assopra do Grupo Globo em relação a Bolsonaro é que Maia, mesmo sempre apresentado como uma espécie de contraponto ao ex-capitão, nunca foi cobrado nesse quesito.
Sem o poder e o prestígio de antes, jornalistas do grupo Globo têm tido o dissabor de serem os últimos a saber sobre fatos que os concorrentes dão em primeira mão. Some-se a isso que o Ministério das Comunicações que, durante décadas, manteve em seus cargos chave pessoas indicadas pelo patriarca Roberto Marinho – a exemplo de Antônio Carlos Magalhães e de Rômulo Villar Furtado -, agora está nas mãos do deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro de um concorrente, Sílvio Santos, dono do SBT.
Mais ainda. Desde que a pandemia de covid-19 teve início e a crise econômica aprofundou-se ainda mais, o Jornal Nacional colocou no ar um quadro cujo objetivo, para quem conhece um mínimo de marketing e relações públicas, era afagar velhos anunciantes e buscar novos patrocinadores.
O quadro tinha o sugestivo nome de “Solidariedade SA” e visava destacar ações positivas de empresas brasileiras no combate ao covid-19. Acabou tão rápido quanto começou, seja porque o número de ações solidárias era mínimo, seja porque a maioria das empresas destacadas possuía histórico de corrupção e exploração de seus funcionários.
A tentativa de obter novos anunciantes revelou-se uma frustração.
Diante dessa situação, o temor dos Marinho se justifica ainda mais, especialmente quando se observa o que aconteceu com a outrora poderosa Editora Abril. Tendo na revista Veja um dos carros-chefes da campanha contra Lula, Dilma e o PT, ela naufragou e levou junto a editora. Um empresário fora do ramo assumiu o controle do grupo, numa transação que marca a troca de guarda cada vez mais comum na mídia tradicional – das famílias que a construíram para os outsiders que aproveitam as
oportunidades.
Na prática, a editora Abril pertence agora a um grupo de banqueiros, com os Civita deixando um rombo milionário na praça, inclusive em termos de obrigações trabalhistas.
Também o destino de outro veículo tradicional da mídia comercial brasileira, o jornal O Estado de S. Paulo, preocupa os Marinho. Fundado pela família Mesquita, que o controlou por mais de um século, a publicação agora também pertence a um grupo de investidores. O nome dos Mesquita figura apenas num cargo honorifico em seu conselho de direção.
O Estado de S. Paulo também se notabilizou pelo apoio ao golpe contra Dilma e agora, meio sem norte, oscila entre a crítica a Bolsonaro e o temor do que pode acontecer com o Brasil no futuro. Temor que parece esconder o medo ao seu próprio futuro.
Em outras palavras, Editora Abril e o Estado de S. Paulo são exemplos de empresas que acabaram sendo devoradas pelos monstros que elas mesmas ajudaram a criar.
Por tudo isso, o momento para a mídia comercial brasileira não poderia ser dos mais delicados. Se ela tivesse um mínimo de sintonia com o Brasil e com os interesses da maioria dos brasileiros, deveria estar cobrindo o que realmente acontece e mostrando as atrocidades que o atual governo tem feito. Mais ainda: deveria estar em campanha pelo impeachment de Bolsonaro, da mesma forma que fez campanha, mesmo que sem motivos válidos, pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Mas dificilmente isso acontecerá. A mídia brasileira, que é parte da classe dominante ou, como prefere dizer o sociólogo Jessé Souza, integra a “elite do atraso”, dá mostras de que vai com o golpe e os golpistas até o fim. O máximo que seus donos admitem é o apoio a um candidato de “centro”, eufemismo que utilizam para designar a direita brasileira. Se depender dessa mídia, o próximo presidente do Brasil será João Dória, Rodrigo Maia ou até mesmo o empregado dos Marinho, Luciano Huck.
A mídia comercial brasileira, pelo visto, prefere se agarrar aos golpistas a rever suas posições. Por isso, está escrevendo o começo do seu fim.
(*) Jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG
5 respostas
Vejo, claro, o Grupo Globo remanejando investimentos e enxugando algumas estruturas. Mas, também, vejo a expansão do GloboPlay, altamente lucrativo e uma aposta da emissora para o futuro. O anúncio de que a Globo está fora da F-1 a partir do ano que vem é precoce: a Liberty Media jogou duro, e a Globo mandou-a passear. Agora, lemos que os americanos reabriram o canal de negociações. Serão esses milhões de verba publicitária oficial tão decisivos, assim, no orçamento anual de grupos tão grandes, como a Globo?
Excelente análise Ângela Carrato, parabéns, estamos na luta .
CRIME ORGANIZADO EM CONCESSÕES|PERMISSÕES PÚBLICAS (Radiodifusão)
Por mais de 10 anos venho denunciando no MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES (MC | MCTIC) algumas ILEGALIDADES E INCONSTITUCIONALIDADES no uso das CONCESSÕES DE RADIODIFUSÃO (Vulgo Concessionários = jurídico | consórcio de empresas = Record, Rede TV, SBT, Bandeirantes, Globo, várias outras concessões a religiosos, …).
Entre estas DENÚNCIAS está o “EXCESSO DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL NA RADIODIFUSÃO” que consiste entre outras ILEGALIDADES (Ex.: as Piscadas Jequiti do SBT de 2011 a 2016), o uso de INTERVALOS COMERCIAIS EXCESSIVAMENTE LONGOS E EM QUANTIDADE chegando a uma EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE ATÉ 80% DA PROGRAMAÇÃO, SENDO QUE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PERMITE NO MÁXIMO 25% PROGRAMAÇÃO.
Apesar das EVIDÊNCIAS E PROVAS (Ex.: a Programação + Nota da Globo, cancelando o Debate dos presidenciáveis Dilma e Aécio, no Jornal Nacional em 2014), o “MC | MCTIC” simplesmente prevaricou e ainda prevarica com a questão referente ao “EXCESSO DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL NA RADIODIFUSÃO VIA MERCHANDISING E INSERTS”.
Mas o que seria este “EXCESSO DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL NA RADIODIFUSÃO VIA MERCHANDISING E INSERTS”?
De acordo com minhas DENÚNCIAS, o “CRIME ORGANIZADO EM CONCESSÕES|PERMISSÕES PÚBLICAS” fas uso destas práticas sem que HAJA UMA AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO PODER PÚBLICO, ATENTANDO ASSIM À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO DISPÕE A CF/88 como se segue:
ANEXO TRECHO DA DENÚNCIA AO CGU | MCTIC 01217.004541/2020-96:
“…
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, –> LIMITES DE 8.000 CARACTERES IMPEDE ARGUMENTAÇÃO –, nos termos seguintes:
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
TÍTULO III
Da Organização do Estado
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta –> LIMITES DE 8.000 CARACTERES IMPEDE ARGUMENTAÇÃO — obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
I – as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
II – o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII;
III – a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
TÍTULO VII
Da Ordem Econômica e Financeira
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, –> LIMITES DE 8.000 CARACTERES IMPEDE ARGUMENTAÇÃO –.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, –> LIMITES DE 8.000 CARACTERES IMPEDE ARGUMENTAÇÃO –;
II – os direitos dos usuários;
IV – a obrigação de manter serviço adequado.
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 3º Compete à lei federal:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
…”
Por anos, o “MC | MCTIC”, vem alegando que “UMA LEI de 1994 OU DE 1997 AUTORIZA AS CONCESSIONÁRIAS DE RADIODIFUSÃO A FAZEREM USO DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL NA RADIODIFUSÃO VIA MERCHANDISING E INSERTS”. Por anos venho pedindo ACESSO A ESTA TAL DE “A LEI DE 1994 OU 1997” (A “informação” e desencontrada). Então (2016 acho), passaram a alegar que “UM DECRETO de 1994 OU DE 1997 AUTORIZA AS CONCESSIONÁRIAS DE RADIODIFUSÃO A FAZEREM USO DE EXPLORAÇÃO COMERCIAL NA RADIODIFUSÃO VIA MERCHANDISING E INSERTS”.
Passei então a DENUNCIAR que o “MC | MCTIC”, age em CONLUIO AO CRIME ORGANIZADO EM CONCESSÕES|PERMISSÕES PÚBLICAS (Radiodifusão), abusando de seu PODER PÚBLICO para “PROTEGER, DEFENDER, OCULTAR E LEGITIMAR AÇÕES CRIMINOSAS, HEDIONDAS E DESUMANAS DE ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS EM CONCESSÕES PÚBLICAS”.
Então, em 04/11/2020 (+mais de 10 anos inutilmente denunciando), CGU | MCTIC 01217.004541/2020-96 solta a “NUKE” de R$1,3 TRILHÕES AFIRMANDO QUE: “… a veiculação de peças publicitárias durante a programação (ou seja, fora dos intervalos comerciais) denomina-se publicidade indireta ou merchandising. Ela não está regulamentada no Brasil, por isso não existe uma regra que a limite ou impeça a sua exibição. A falta de uma lei ou regulamento específico …” VS. “DIREITO PÚBLICO CF/88 ART. 37 e 175: Somente o que A LEI autoriza de forma EXPRESSA”.
ANEXO TRECHO DO EMAIL DO CGU | MCTIC 01217.004541/2020-96:
“…
qua 2020-11-04 11:27
Dados da Manifestação
Protocolo: 01217.004541/2020-96 (?SENHA? não posso, pois governo tranca o acesso alegando “PROTEÇÃO A DADOS PESSOAIS DO DENUNCIANTE”)
Órgão ou Entidade: MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Cidadão: Daniel de Aquino Silva
Tipo de Manifestação: Denúncia
Prazo para Atendimento: 12/11/2020
Descrição da Manifestação: CRIME ORGANIZADO EM CONCESSÕES|PERMISSÕES PÚBLICAS (Radiodifusão)
… A Secretaria de Radiodifusão, deste Ministério, informou que a veiculação de peças publicitárias durante a programação (ou seja, fora dos intervalos comerciais) denomina-se publicidade indireta ou merchandising. Ela não está regulamentada no Brasil, por isso não existe uma regra que a limite ou impeça a sua exibição. A falta de uma lei ou regulamento específico não significa, porém, que a publicidade indireta esteja isenta de seguir as normas que regem a publicidade em geral. O Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990) e o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), aplicam-se tanto à publicidade direta quanto à indireta. Assim, se o interessado julgar que foi exposto a algum merchandising abusivo, pode recorrer aos órgãos de proteção ao consumidor, bem como ao próprio Conar. …
…”
MAS POR QUE DIGO “NUKE DE R1,3 TRILHÕES”?
De acordo com alguns dados, considerando apenas o MERCHANDISING e apenas 5 PRINCIPAIS CANAIS DE TV ABERTA (CONCESSÕES PÚBLICAS À Record, RedeTV, SBT, Bandeirantes e Globo), movimenta-se R$5,5 BILHÕES MENSAIS ILEGAIS. Em vinte anos (240 meses) de ILEGALIDADES, movimentou-se então R$1,32 TRILHÕES ILEGAIS.
Se de acordo com a CGU | MCTIC protocolo 01217.004541/2020-96 as EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE RADIODIFUSÃO (Tv Aberta) ARRECADARAM TUDO ISSO POR MEIOS DO QUAIS NÃO HÁ AUTORIZAÇÃO EXPRESSA (Merchandising, Inserts, Piscadas, etc.), OU SEJA DE FORMA ILEGAL, ENTÃO RESTA SABER O QUE IRÃO FAZER AGORA, PARA REPATRIAR ESTES TRILHÕES À CULTURA, EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DA COLETIVIDADE EM GERAL, BENEFICIANDO A TAL “educação, cultura e informação” = “radiodifusão” = “SUPERIORES INTERESSES DA NAÇÃO”.
OBS.: O que diz o site do Jornalista Livres [ https://jornalistaslivres.org/o-declinio-da-midia-comercial-brasileira/ ], onde o “… o Ministério das Comunicações que, durante décadas, manteve em seus cargos chave pessoas indicadas pelo patriarca Roberto Marinho – a exemplo de Antônio Carlos Magalhães e de Rômulo Villar Furtado -, agora está nas mãos do deputado Fábio Faria (PSD-RN), genro de um concorrente, Sílvio Santos, dono do SBT …” explica a PREVARICAÇÃO DE “poderes “públicos””, vulgo MJ, MC, CGU, MCTIC, ANATEL, ETC. BENEFICIANDO INTERESSES DO CRIME ORGANIZADO EM CONCESSÕES|PERMISSÕES PÚBLICAS (Radiodifusão) ÀS CUSTAS DA ORDEM SOCIAL, DIREITOS CIVIS E HUMANOS DA COLETIVIDADE EM GERAL.
Daniel de Aquino Silva (02963217617)
Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais – Brasil
terça-feira, 15 de dezembro (12) de 2020
“Dados indicam que se em 2017 e 2018, a Globo encontrava-se…” De quem são esses dados? Quais são? Quais as fontes? Veja, eu quero acreditar, professora…
Ângela Carrato, quanta mentirinha em seu texto… dilma (com eme minúsculo) pensou ser esperta e com pedaladas fiscais, seria muito fácil enganar o Tesouro Nacional, mas foi e é tão ignorante que foi afastada do cargo, mas foi “golpe”, isso é ridículo. Depois me vem falar que o ex presidiário foi preso sem provas… Então, as fotos, reuniões, visitas aos imóveis, depoimentos de envolvidos, escutas telefônicas não são provas??? É ignorância demais…. O que resta a esse povo esquerdinha, petistinha roxo é se contorcer (o choro é livre) até em breve… Morrer.