O código de barras do arco nacional

Teve um dia que índio encontrou o preto, o preto viu o índio.

Penso que todos pensavam em fugir, rebelar, vingar. Sei lá qual verbo põe-se em momentos assim, mas deu música, deu dança, sei bem.

O manto sobre o corpo, um índio, um preto, um branco obrigando, magia e segredo das plantas e bichos nas matas. A cada segundo um enredo, erro, açoite ou segredo, destino.

Essa terra é encanto e busca. A luta, a política e uma gente que persiste.

Povo Kambiwá

Do sertão Moxotó, em Arcoverde, Pernambuco, o primeiro dia de aula em 2019 foi assim: as forças encantadas à frente da educação escolar indígena, no Pólo-Nazário, Povo Kambiwá.A história dos Kambiwá se confunde com a de uma série de outros índios que habitam, ainda hoje, os sertões pernambucanos. Desde o século XVII, grupos indígenas cujos remanescentes constituem hoje os Kambiwá foram expropriados para a implementação de fazendas de gado, se refugiando nos brejos ou no alto de serras da região. Segundo esses índios, o termo Kambiwá significa “retorno à Serra Negra”, e este representa hoje o principal objetivo desse grupo, que busca ampliar suas terras de modo a incorporar a Serra Negra, área convertida em Reserva Biológica na década de 1970.

Gepostet von Jornalistas Livres am Samstag, 9. Februar 2019

                                                                                                                                       As forças encantadas à frente da educação escolar indígena, no Pólo-Nazário, Povo Kambiwá. Arcoverde-PE

 

Qual é o teorema do presidente, pergunto, onde está o mapa da mina?

 

Quando jovem me lembro que toda tarde parecia azul. Hoje, mais velha interestelar, vejo nuvens aceleradas da tempestade, vento forte que lambe à toa o vespertino, o voto, a ideologia em comando.

 

Há fraude? Há fake? 

O inusitado imediato ao vivo se faz.

Presidente da mesa a rasgar cédulas.
Candidato à presidência da casa a renunciar.

Dias difíceis a primeira quarentena de 2019. Há lama, há chuva, cirurgias de intestinos e a morte de futuros craques, tão jovens meninos. E todos os dias morrem em meu país.

O povo triste e sedento quer entender conceitos novos e palavras como previdência, fascismo, delação premiada.

País século 21, Tupã que vence em validade nas promessas.

Tupã,  o supercomputador.

 

É isso o teorema do presidente, vê índio na lavoura como pedra no caminho da grade do trator. E índio quer a caneta de pena da justiça.

A lei.

Maculelê.

 

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