Mais uma ação da Jornada Corruptos Devolvam Nossas Terras, agora em Minas Gerais. 200 famílias chegaram nessa madrugada em terras ociosas no município de São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte, propriedade de Eike Batista. O território de 700 hectares foi desgastado pela poluição dos rios Manso e Serra Azul, causada a partir da extração de minério por empresas de Batista.
Já é a terceira ocupação do MST em territórios do ex-bilionário, a primeira também em Minas Gerais, na cidade de Itatiaiuçu, e a segunda no Rio de Janeiro, em Açu. Em Abril desse ano, a Justiça negou pedido de reintegração de posse nas terras fluminenses, legitimando a ação dos agricultores locais. Porém, houve uma nova reviravolta no dia de hoje: três pessoas foram presas pela Polícia Militar, o que foi denunciado pelo MST.
Eike Batista já foi o homem rico do Brasil, até sua falência em 2013. No momento, ele está em prisão domiciliar, suspeito de envolvimento em um esquema de corrupção com ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A última ocupação na capital mineira faz parte da Jornada Corruptos Devolvam Nossas Terras, que propõe ações em propriedades ligadas a processos de corrupção ou a corruptos, reivindicando o uso social da terra a partir assentamento de famílias Sem Terra.
Até o momento já são mais de 10 ocupações em todo o território nacional, envolvendo vários nomes associados a esquemas de corrupção. Fazendas do ministro Blairo Maggi, no Mato Grosso, do presidente golpista Michel Temer (em nome de seu laranja Coronel Lima), em Duartina-SP, e do ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, em Barra Mansa, Sul Fluminense, são exemplos de propriedades ocupadas dentro da jornada.