Nem tudo são borboletas na dura criação de um enjeitado

O ex, e talvez futuro presidente Lula, me fez sibilo de Mário de Andrade, percussão selvagem e irmandade no movimento modernista que insiste.

Nos livra do inferno o árido sertão e a burguesia da gente entre planaltos astutos?  Mera invenção é meu pensamento, fantasia de nação. Pindorama era, ocidente me invadiu, fez nascer assim país de futuro, Abaporu nos come, nutre a vida que resolve.

Macunaíma.

Há cem anos, tão belas foram as partes indefinidas no atraso, antropofagia era refeição necessária, agora embora ainda seja a ideia. Enquanto rói o rato o poder, gaivota está no mar, bem sei, e tuiuiús são voos de rios. Tudo seca e polui, há mercúrio entre as mãos que afagam, ouro, esmeralda, diamante azul. Tudo que voa leva dilúvios ou contamina, entre o sertão, minha razão.

Há o sal da terra no céu de nosso peito?

Falam de amor, vaidades sexagenárias, vigor de velho menino, se emociona ao lembrar da pindaíba em que vivia entre 13 familiares. Cem anos da semana de arte, defeitos e afins, recorda centenário assim que alimenta a arte e só não queremos mais só comida.

Fico pensando na revolução dos bichos, os patos, as lagartas que voam como borboletas após ciclo contínuo, nos peixes.

Miado de gato ou rabo de cobra, vejo que o cabra é macho, homem de sertão com talento para poesia.Gente inteligente é foda, mal nasce brilha, nutre-se de carestia gente assim. Sois rei? 

Antropofagia, manifesto em nós, indelével é o cárcere, calabouço que nem vinga, vigia.

Voa, voou, vigília.

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