Um naufrágio ocorreu na manhã desta quinta-feira (08/09), perto da Ilha de Coitijuba, no Pará. A lancha, que partiu de um porto clandestino em Belém, tinha como destino o Arquipélago de Marajó e levava 82 pessoas, dentre essas, crianças e idosos. De acordo com dados divulgados durante uma coletiva de imprensa do governo do Pará ao final do primeiro dia de buscas, 8 pessoas foram encontradas sem vida e 11 ainda estão desaparecidas. O corpo de bombeiros ainda busca pelos desaparecidos com a ajuda de mergulhadores, helicópteros e embarcações.
Por Camilla Almeida
Segundo a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-Pa), o barco não detinha de autorização para transporte intermunicipal aquaviário de passageiros. A empresa responsável pela lancha, M. Souza Navegação, já havia sido notificada previamente sobre a ausência da documentação necessária para realizar esse tipo de deslocamento. Isso justifica a saída da embarcação de um porto clandestino, já que a empresa operava de forma ilegal na região. O condutor no momento do naufrágio e a dona da lancha foram identificados como Marcos de Souza Oliveira e Meire Ferreira de Sousa, respectivamente. Ambos ainda não foram encontrados pela polícia.
O motivo por trás do naufrágio ainda está sendo investigado pela Marinha. As buscas pelos desaparecidos foram retomadas na manhã de hoje (09/09) e um gabinete de crise de segurança foi criado para socorrer as vítimas do acidente. Segundo a prefeitura de da capital paraense, os resgatados estão sendo levados à Unidade Básica de Saúde (UBS) da Ilha de Cotijuba, para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e da UBS Marambaia. Em nota, a Marinha afirmou que “equipes de Inspetores Navais da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) e do Aviso Hidroceanográfico Fluvial “Rio Xingu” estão realizando buscas no local”.
