Mulher é presa em flagrante após ser racista com funcionária de restaurante

Camila Berta foi presa em flagrante após ser racista e homofóbica com funcionária de restaurante no Rio de janeiro
restaurante Mãe Joana com placa "local livre de preconceito" foto: reprodução
restaurante Mãe Joana com placa "local livre de preconceito" foto: reprodução

Camila Berta, de 32 anos, proferiu ofensas racistas e lesbofóbicas à Lizandra Souza, funcionária do restaurante Mãe Joana, localizado em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, último domingo (18). A situação foi filmada por colaboradores, a polícia foi chamada e Camila foi presa em flagrante pelo crime de injúria racial. A mulher pagou fiança de R$2 mil e deve responder em liberdade.

Segundo Lizandra, ela e uma colega estavam jantando no restaurante por volta das 23h30 quando foram alvo das ofensas. Inicialmente Camila disse que “tinha que ser sapatão”, as funcionárias não aceitaram a ofensa, questionaram a atitude homofóbica da mulher que prosseguiu com os ataques. “Nós (Lizandra e uma colega) estávamos em um balcão que divide o espaço com a cozinha. Ela se aproximou, disse que estava com fome e que era um absurdo estarmos comendo na frente dela”, afirmou Lizandra.

Lizandra relata que chegou a oferecer sua comida para a mulher que alegava estar com fome e aguardava sua refeição chegar. Camila pegou a comida, disse que não sabia se gostava daquilo e devolveu ao prato. Uma outra funcionária presente na cena avisou Lizandra que a mulher tinha colocado a mão na comida e nesse momento Camila disse “a macaquinha me deu“, se referindo a Lizandra.

Camila chegou a atacar outras pessoas. No vídeo, é possível ver um coro puxado por funcionários e clientes chamando a mulher de “racista”. Ela chega a alegar que “a minha mãe é preta, sua filha da p*. Vem na porrada, sua filha da p*”, como uma justificativa para as ofensas racistas que proferiu.

Funcionários relatam que Camila já chegou alterada no restaurante “Já estávamos de olho por conta do que ela estava fazendo. O restaurante estava cheio, já que fazemos uma roda de samba aos domingos. Aqui é um ambiente bem diverso, então todos que presenciaram ficaram bem assustados, todos se alteraram com a situação”, afirmou o chefe de cozinha do restaurante.

A polícia foi acionada, Camila foi presa em flagrante pelo crime de injúria racial e foi levada ao 12º Distrito Policial, em Copacabana. A mulher pagou fiança de R$2 mil e responderá em liberdade. Em nota, o restaurante Mãe Joana afirmou que o estabelecimento é um local livre de preconceitos e que já tomou as medidas legais cabíveis “esperamos que atitudes racistas e homofóbicas sejam sempre punidas com a devida seriedade, conforme dispõe a lei”.

** com informações de O Globo

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