Movimentos sociais prometem acampar na Praça da Liberdade a partir de 1º de maio

Fotos: Gustavo Ferreira, Lucas D’ambrósio e Maxwell Vilela

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Já no fim da tarde, ao cair do sol e início de trânsito intenso na Praça da Liberdade, os “guerreiros” que marchavam desde a última quinta-feira, chegaram ao seu destino. Cruzando a praça, a Marcha chegou ao Palácio da Liberdade, no endereço da zona centro- sul Belo Horizontina,  ocupando de cores e rostos que realmente representam o país.

Milhares de integrantes de movimentos sociais, como o MST, MAB, CUT, Levante Popular da Juventude, Fora do Eixo e outros, marcharam, durante seis dias, 190 kms. Eles saíram de Ouro Preto, no dia 21 de abril, quando acontecia a cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, e chegaram no dia 26 em Belo Horizonte.

A Marcha Pela Democracia passou por várias cidades e encontrou acolhimento em quase todas, quase: em Mariana, na porta da Samarco (Vale/BHP), os manifestantes foram recebidos pela Polícia Militar com balas de borracha e gás lacrimogêneo. A ato, pacífico, por parte dos movimentos sociais, exigia que um representante da empresa, que teve a barragem rompida em novembro do ano passado matando pessoas, sonhos e o Rio Doce, os recebesse e respondesse algumas perguntas.

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Na capital de MG

Em Belo Horizonte, os milhares de manifestantes ocuparam o Palácio da Liberdade. Vinte e três representantes de movimentos sociais, que compõem a Frente Brasil Popular, foram recebidos pelo governador do PT, Fernando Pimentel, que se comprometeu a criar um programa de agricultura. “O ato dos movimentos terem hoje ocupado o Palácio da Liberdade é muito mais do que encher os jardins de bonés e bandeiras vermelhas. A ocupação é um sinal de que os movimentos populares querem que o governador coloque em prática o programa vencedor nas urnas e contemplar as pautas sociais”, afirmou Frederico Santana, da Frente Brasil Popular em Minas Gerais

O governo se esquivou da conversa aberta, para todos os participantes, e com autorização para filmar a reunião, o que frustrou alguns. Em coletiva à imprensa, os representantes da Frente Brasil Popular falaram do compromisso em cobrar do governo para que este converse com os movimentos sociais.  Na ocasião também foi cobrada uma postura do governador em relação aos senadores mineiros, que não representam o povo!

 

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A presidente da CUT, Beatriz Cerqueira, disse que a Marcha não veio a Belo Horizonte para tirar fotos e nem a passeio: “vieram com pautas de reivindicações e viram com bons olhos a proposta do governador de lançar na sede do governo um comitê de luta”.

Após a coletiva, teve início o ato cultural, que encheu a praça de música boa, muita esperança e alegria no rosto de cada um que ali estava.

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Ali eram trabalhadores brasileiros, em luta contra um golpe muito iminente, que não vão se calar: a partir do dia primeiro de maio, dia do trabalhador, será montado um acampamento na Praça da Liberdade, com objetivo de pressionar os senadores e o governador do Estado a se posicionarem contra o golpe.

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