Pelo Rio Capibaribe, um recado por justiça de frente para as Torres Gêmeas

por Coletivo Pão e Tinta

Para marcar uma semana do indiciamento de Sarí Gaspar Corte Real na morte de Miguel Otávio, 5 anos, um grupo de artistas e ativistas do bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, vai fazer, nessa terça-feira (9), um ato no Rio Capibaribe, em frente às “Torres Gêmeas”, onde moram o casal para quem a mãe da criança trabalhava como empregada doméstica, serviço considerado não essencial durante a pandemia.

Pelas águas do Capibaribe, o Coletivo Pão e Tinta vai levar para a frente do Edifício Pier Maurício de Nassau uma faixa de 5 metros,, com a frase: “O racismo explora e mata pessoas negras de várias formas” e a hashtag #JustiçaParaMiguel. O ato será no período da tarde, por volta das 14h.

“A gente quer mandar um recado para quem mora nas Torres Gêmeas, para que elas vejam da varanda de casa, falar de racismo estrutural. É preciso que as pessoas brancas e privilegiadas também reflitam sobre como ele funciona na prática. O debate racial não é uma questão apenas dos negros. Mas de responsabilidade dos brancos e privilegiados também”, contextualizou Pedro Stilo, integrante e um dos coordenadores do Pão e Tinta.

Com 9 anos de existência, o Pão e Tinta é formado por artistas e ativistas sociais, alguns deles ex-pichadores que depois desenvolveram o grafite como arte e técnica de sobrevivência. Além de trabalhos sociais no bairro do Pina, o coletivo também realiza o Festival Internacional de Artes, realizado uma vez por ano antes da pandemia.

 

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