Grupo foi criado em 2017, por membros da maçonaria que não se sentiam representados por manifestações públicas da organização
No dia 28 de setembro de 2017, membros da Maçonaria do Rio de Janeiro se reuniram, por entenderem que alguns grupos da organização estavam publicizando posicionamentos que colidem com os preceitos da Maçonaria que, entre outros marcos, têm como parâmetro a Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU.
Dessa reunião, que contou com sete mestres – dois deles deputados da Alerj -, saiu a 1ª Carta ao Povo Brasileiro, que entre outras coisas, relembrou a participação da organização em momentos relevantes da nossa História. “Atuou em acontecimentos políticos para consolidação do estado e da nação brasileira, como a Inconfidência Mineira, a Independência do Brasil, a Confederação do Equador, a Revolução Liberal de 1842, a Revolução Farroupilha, a Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, a Abolição de Escravatura e a Proclamação da República. (…) Os maçons redigiram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, base doutrinária das constituições da França e dos Estados Unidos, posteriormente transformada em resolução da ONU”.
Desde então, os Maçons pela Democracia publicaram 9 cartas e, neste momento, lançam a 10ª Carta ao Povo Brasileiro (abaixo). Os Jornalistas Livres vêm divulgando desde a primeira publicação – todas podem ser encontradas neste site.
MAÇONS PELA DEMOCRACIA – 10ª CARTA AO POVO BRASILEIRO
Lula no Primeiro Turno! Civilização ou Barbárie! Liberdade, Igualdade e Fraternidade
Nesse grave momento da conjuntura nacional, os “Maçons Progressistas pela Democracia” em conjunto com os maçons da Irmandade Progressista reafirmam seu compromisso com as origens da Maçonaria.
Foram irmãos maçons que redigiram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, base doutrinária das constituições da França e dos Estados Unidos, posteriormente transformada em resolução da ONU. Nela está tipificada a tortura como crime hediondo, inafiançável e imprescritível, quando praticada por agente de estado.
Estamos convictos que um Maçom não pode se filiar a movimentos ou agentes que defendam o racismo, a ditadura de qualquer origem ou a resolução de conflitos por meio da violência.
Quando se chega ao paroxismo de se defender a tortura como meio de atuação das forças de segurança e glorificar como heróis os bandidos que a praticaram, está ferido de morte o ideal maçônico de respeito aos direitos humanos.
A Maçonaria é plural. Nenhum grupo pode se manifestar em nome da instituição maçônica, mas nada pode impedir que um grupo de maçons falando, com absoluta convicção, em seu próprio nome, sem representar qualquer potência ou loja, manifeste suas preocupações e se dirija ao Povo Brasileiro. Principalmente quando o que se quer resgatar são os princípios maçônicos, que temos de defender por juramento, buscando uma solução através da democracia e nunca pela força.
Não existe religião ou movimento espiritualista sério que defenda a eliminação de pessoas, ainda que culpadas por algum delito, como solução para a vida e a harmonia de um país.
O ódio foi transformado no pão de cada dia por uma facção política, que conseguiu apresentá-lo como a grande saída para nossos graves problemas. A desigualdade social, a ignorância e a desinformação completam esse caldo de cultura, que só vai piorar a atual conjuntura.
Hoje, o Brasil vive uma inédita fragmentação política. O poder é composto por uma quadrilha que prega abertamente a guerra civil, com a morte por assassinato de trinta mil brasileiros e o armamento indiscriminado do povo. Segundo bandidos do atual sistema, os inimigos precisam ser exterminados, para que possam, livremente, praticar desfalques e todo o tipo de falcatruas, envolvendo barras de ouro, dinheiro escondido em pneus, bíblias e roupas íntimas, posteriormente “lavados” em operações espúrias. Apenas a família do presidente da República possui mais de cem imóveis, a maioria comprada com “dinheiro vivo”, evidenciando a obscura procedência dos recursos.
Além dos crimes “no varejo”, as riquezas nacionais são entregues a preço vil, como o patrimônio público – representado por nossas estatais (Petrobrás Distribuidora, Eletrobrás, Correios etc), por reservas de água potável e pelos nossos minérios.
Os direitos trabalhistas e previdenciários são usurpados. O desemprego e a fome retornaram em números espantosos, num explícito retrocesso em relação aos governos anteriores.
Bolsonaro já havia efetuado cortes na distribuição gratuita de remédios indispensáveis, de uso contínuo, deixando mais de 30 milhões de pacientes diabéticos, transplantados e em tratamento do câncer abandonados à beira da morte.
Recentemente, no projeto de Orçamento de 2023, o governo diminuiu em 59% a verba do programa Farmácia Popular, a fim de garantir mais recursos para o orçamento secreto. A gratuidade é voltada, entre outros, para medicamentos contra a asma, hipertensão e diabetes. Além disso, ele cortou em R$ 870 milhões os gastos para a saúde indígena.
Quando o presidente Bolsonaro se deixou filmar, prestando continência à bandeira americana, em meio a um coro de “Estados Unidos”, e fez uma declaração de amor com um coraçãozinho direcionado ao seu colega Donald Trump, não fazia simples jogo de cena.
O atual governo demonstrou ainda ser completamente submisso aos interesses do capital internacional e aos Estados Unidos da América.
Muitos já se arrependeram de haver acreditado no atual presidente e seus cúmplices. Outros se identificam cada vez mais com as práticas e ideias que tanto mal têm feito ao Brasil, votando ainda nos inimigos da Pátria: milicianos, quadrilheiros de todos os matizes, fanáticos “religiosos”, locupletadores com orçamentos secretos, assessores fantasmas ou inúteis, gratificações ilegais, assassinos, misóginos, racistas, entreguistas, desonestos e os que colaboraram para que a vacina contra o Covid-19 atrasasse – comprazendo-se com o grande número de óbitos. Em resumo, completos ignorantes e desumanos.
A quadrilha sabe que corre o risco de ser punida porque, ao contrário da farsa da lava-jato, não faltam provas, grande parte já compiladas. No seu desespero para escapar, ela trama golpes de estado, arruaças, manifestações induzidas, ações de milicianos e ataques cibernéticos.
Devemos ficar atentos: lidar com bandidos, ainda que de forma civilizada e constitucional é sempre perigoso, principalmente quando estão acuados.
Essa situação não pode perdurar, sob pena de tornar irreparáveis os danos à soberania nacional e ao bem-estar do Povo Brasileiro. E temos a chance de dar um basta nisso tudo: as próximas eleições.
Sem desmerecer outras candidaturas, faltando poucos dias para o pleito de 2 de outubro, não existe terceira via. A menos que todos os institutos de pesquisa sérios do Brasil estejam cometendo o mesmo erro, parece certa a eleição de Lula. Um conjunto de forças de amplo espectro ideológico apoia e se engajou nessa luta, que tem o mesmo objetivo: libertar o Brasil do fascismo e do banditismo, retomando o crescimento criminosamente sustado.
Assim, uma vitória no primeiro turno será melhor para o Brasil, a fim de não dar mais tempo aos quadrilheiros para desenvolver solertes “razões” com o objetivo de anular o resultado das urnas e, com sua falta de escrúpulos e limites éticos, praticarem crimes planejados.
Nosso apelo é que, independentemente de ideologia, quem estiver contra esse estado de coisas, e possuir um resquício de amor pelo Brasil, vote para que a eleição se resolva no primeiro turno, com a vitória acachapante do escolhido pelo Povo, no caso, o candidato Lula.
Não podemos esquecer ainda que no primeiro turno das eleições precisamos igualmente escolher e eleger candidatos democratas e progressistas para conferir mandatos a 27 governadores e senadores, bem como a centenas de deputados federais e estaduais.
Pelas razões aqui expostas, nos dirigimos a você, brasileira e brasileiro, que deseja livrar o Brasil dessa corja e acabar o mais rápido possível com o caos instaurado, a votar em Lula no primeiro turno.
É Lula ou a Barbárie!
Subscrevem a X Carta dos Maçons Pela Democracia, em ordem alfabética, os maçons: Alexandre Franco de Moraes, Álvaro Leite Peixoto, Amir Mustafá Saleh, André Cantuária, Antônio Silva, Carmen Del Valle, Cristiano Galvão (Padre), David Carneiro, Dener Fabrício, Diego Mota, Dulce Inês Insfran, Edivaldo Amorim Farias, Emanuel Cancella, Emmanuel Costa Júnior, Emanuel Rego, Eugênio Gomes, Everaldo Costa, Fábio Martins Dodo, Flávio Watson, Flauzino Antunes, Francisco Soriano, George Torres, Gilberto Palmares, Gilson Gomes, Glauco Caixeiro, Guaraci Corrêa Porto, Guilherme Ayres, Igor Santa Cruz, João Custódio, John Vaz, José Amaral de Brito, Juca Ribeiro, Marcelo Almansa, Maribondo Vinagre, Mário Avelino, Maurício Soriano, Neemias Freire, Paulo Vicente, Rafael Baioto, Raphael Pereira, Renato Lopes, Sebastião Calvet, Sérgio Abad, Sérgio Baroni, Unadir Gonçalves Júnior, Vinícius Branco, Wagner Roque e outros.