Lula na Unicamp

O ex-presidente é recepcionado por milhares de pessoas no Teatro de Arena da Universidade

Ontem, (05/05) o pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva esteve na região de Campinas em uma agenda que foi encerrada na Unicamp .  

Na universidade ele se reuniu com o Reitor e o  Consu (Conselho Universitário), onde recebeu uma carta pela  ciência e educação assinada pela instituição  com  propostas reivindicando políticas públicas e investimentos  em educação e financiamento para pesquisas. 

Enquanto isso, milhares de pessoas esperavam  Lula no Teatro de Arena da universidade acompanhando a programação  político-cultural com apresentações de artistas locais com intervenções de  diversas entidades sociais, políticas e sindicais.

Por volta das 19h30, Lula entrou na  Arena do  teatro onde era aguardado pela multidão. Acompanhado de Fernando Haddad (pré-candidato ao governo de São Paulo) e Ana Estela Haddad, Guilherme Boulos ( pré-candidato a  deputado federal por São Paulo), Aloizio Mercadante, Eduardo Suplicy, Paulo Teixeira (dep. Federal PT), professora Bebel (dep. Estadual PT).

Diálogo  com estudantes

Durante a aula magna, Lula e Haddad  ouviram vários estudantes  e suas reivindicações  de políticas públicas para a educação,  membros do movimento estudantil indígena entregaram uma carta para cobrar a ampliação da bolsa para permanência estudantil, participação indígena no Conselho Nacional de Educação e conselhos estaduais. Também foi lembrado os recentes ataques à comunidade Yanomami em Roraima.

Guilherme Boulos, em um discurso breve enfatiza

“ esse ano não é uma simples eleição, é o nosso ano enquanto sociedade, povo e nação. ”

A educação e programas  como Prouni, Fies e a importância das Universidades  foram o principal eixo  da fala de Haddad na Unicamp.

“Não tem como existir um projeto nacional se o povo não estiver na Universidade”

Descaso do atual  governo com o povo

Lula diz que está ali para conversar com as pessoas e inicia falando da destruição do país na economia, nas políticas públicas e aponta que quem destrói ( se referindo ao atual governo do presidente Bolsonaro) .

“não entende de gente, não entende de povo, não entende de universidade, não entende de mulher e só entende se fake news  e miliciano. Ele nega a ciência e não tem um mínimo de solidariedade com o povo”.

Durante quase uma hora de conversa Luís Inácio Lula da Silva fala sobre a educação e a importância de investimentos em educação e  inclusão  dos jovens  das classes  pobres e das periferias nas universidades.

Ele reiterou que “educação não é gasto, é investimento” e “fica muito animado” quando alguém lhe diz que é o primeiro da família a cursar o ensino superior.  Afirmou  também  que tem orgulho de ser o presidente que mais construiu universidades na história do Brasil.

Políticas públicas a afirmativas

Lula  ressaltou ainda a importância  do Estado e das empresas públicas  colocando-se contra as privatizações. A importância de governar para todo o povo reafirmou a importância da Cultura das políticas afirmativas confirmando  o que já vem dizendo sobre a participação popular por meio de conselhos e a criação  de um Ministério para as questões indígenas.

Soberania Nacional e política exterior

O Brics (agrupamento econômico atualmente composto por Brasil, Rússia, China, Índia  e África do Sul),   e as relações  com países do continente africano  e a soberania nacional foram temas tratados   pelo pré-candidato.

Nos momentos finais da conversa com as milhares de pessoas presentes na Unicamp,  Lula  fala sobre o quanto se sente animado e a felicidade do momento no qual está se referindo ao seu casamento.

Ele encerra   dizendo que tem um “compromisso de fé” que é resolver o desemprego e a fome no país.

 Lançamento oficial da candidatura

A lançamento oficial da candidatura à presidência acontecerá no próximo sábado, 07 de maio às 10h, em São Paulo  no Expocenter Norte, que fica na Vila Guilherme. O ato terá 4.000 convidados, entre políticos em geral, pré-candidatos nos estados, artistas, empresários, sindicalistas e representantes da sociedade civil.

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