Lula entra em campo em BH e diz que o jogo é entre democracia e fascismo

No 1° comício de sua campanha, Lula detona Bolsonaro: "É a democracia ou a barbárie"
Primeiro comício público da campanha de Lula lotou a Praça da Estação na capital mineira - Foto de Ricardo Stuckert

No comício realizado nesta quinta-feira (18) em Belo Horizonte,  o primeiro de sua campanha, o ex-presidente Lula afirmou: “Não estamos fazendo uma campanha normal, uma campanha comum, não é partido contra partido, não é ideia contra ideia. O que está em jogo é a democracia contra o fascismo. É a democracia ou a barbárie.”

Lula, que soma 47% dos votos contra o atual presidente (32%), em pesquisa divulgada pelo Datafolha, não perdeu a chance de detonar Bolsonaro: “Estamos enfrentando uma pessoa desequilibrada mentalmente, desestruturada do ponto de vista psicológico. Que acha que a polícia tem que matar e não prender. Que tem que vender arma e não vender livro. Que tem que estimular o ódio, e não o amor.”

Lula prometeu que vai criar o Ministério dos Povos Originários se for eleito. “Uma indígena será ministra deste país. A Funai não será mais dirigida por um branco dos olhos verdes, mas sim por um indígena. Vamos reconstruir o Ministério da Igualdade Racial. Da Mulher. Das Pequenas Empresas.”

O ex-presidente disse que deseja criar um país sem discriminação racial. “Nós queremos dizer não ao racismo. Que o povo negro tenha o direito de ocupar os melhores cargos, empregos e universidades. Este país vai privilegiar o amor, a solidariedade, vai dizer que nós, seres humanos, queremos continuar sendo humanistas e não algoritmos pra ser utilizado pelas redes sociais”.

Ao comentar a situação do país, foi enfático: “O Brasil de hoje está pior que o Brasil de 2003, quando tomei posse. A inflação estava 12%. Nós puxamos a inflação pra 4,5%. O Brasil tinha dívida bruta de 65%, reduzimos pra 39%. O Brasil devia 30 bilhões de dólares para o FMI. Não só pagamos, como emprestamos 15 bilhões.”

Em seguida, afirmou: “O que nós estamos discutindo aqui é se os nossos filhos, se os nossos netos, terão um país que garanta a eles a oportunidade de trabalhar, de casar, de construir família e viver dignamente. É se a gente vai continuar fazendo universidade pra todos ou pra meia dúzia de privilegiados. É se a gente vai garantir que cada homem e cada mulher terá casa pra morar. É saber se cada brasileiro vai poder tomar café, almoçar e jantar todos os dias.”

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