Líderes latino-americanos prestam solidariedade a Lula

Líderes populares de toda a América Latina recorreram a suas redes sociais nesta quinta-feira para manifestar solidariedade ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Aproveitaram também para repudiar tanto a negação do pedido de habeas corpus feito pela defesa de Lula ao Supremo Tribunal Federal quanto o ultimato do juiz Sérgio Moro para que o ex-presidente se entregue em Curitiba.
“Hoje, no Brasil, algo ficou muito claro: Lula está para ganhar as eleições presidenciais e as elites poderosas, aquelas que nunca se interessaram pela justiça nem pela democracia, recorrem ao aparato judicial para interditá-lo”, escreveu a ex-presidente e hoje senadora argentina Cristina Kirchner em sua conta no Twitter. “Todo nosso afeto para com ele”, concluiu Cristina, que também tornou-se alvo de uma ofensiva judicial depois de deixar a Casa Rosada.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, repudiou a decisão do STF e observou que a justiça brasileira, “sob ameaça de oligarquias corruptas, negou o direito constitucional” de Lula a defender-se em liberdade. “Essa sentença ilegítima é um golpe institucional contra a democracia e o povo do Brasil”, tuitou Morales.
“Todos somos Lula”, escreveu por sua vez o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. “Não poderão com as esperanças e convicções dos rebeldes. Nada deterá a marcha por justiça e dignidade do Brasil. Falando com a verdade e o coração somos invencíveis”, prosseguiu o sucessor de Hugo Chávez.
Primeira vítima da série de golpes institucionais que na última década derrubou governos populares democraticamente eleitos nas Américas Central e do Sul, o ex-presidente hondurenho, Manuel Zelaya, deposto em 2009, defendeu a inocência de Lula. “Seu pecado foi enfrentar os U.S.A, abrir as relações Sul-Sul e não obedecer aos conservadores que governam o Brasil.”

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