Na noite de ontem (10), o agente penal Jorge Guaranho que assassinou o petista Marcelo Arruda, recebeu alta do Hospital Costa Cavalcanti onde estava internado desde julho, e segue para casa. A justiça, que já havia negado o pedido da defesa, voltou atrás e atendeu o pedido de prisão domiciliar. Guaranho será monitorado por tornozeleira eletrônica.
Como a alta de Guaranho estava prevista para a tarde da quarta-feira (10), seus advogados solicitaram à Justiça que o réu seguisse para a prisão domiciliar. Os motivos apresentados foram a delicada situação de saúde do paciente e a alegação de falta de infraestrutura no Complexo Médico-Penal de Pinhais.
No mês de julho, o serviço de enfermagem do complexo, na Região Metropolitana de Curitiba, foi alvo de uma interdição ética do COREN-PR (Conselho Regional de Enfermagem do Paraná). De acordo com a instituição, a interdição se deu pela falta de profissionais de medicina, enfermagem, farmácia, nutrição, fisioterapia, psicologia e assistentes sociais, entre outros.
A decisão atual da justiça foi tomada após comunicação do órgão com o Complexo Médico-Penal de Pinhais, em Curitiba. A instituição afirmou não ter “condições estruturais, técnicas e de pessoal” para garantir a saúde do detento. Dessa forma, o juiz Gustavo Arguello concedeu a prisão domiciliar a Guaranho.
Jorge Guaranho foi responsável por invadir a festa de aniversário do petista Marcelo Arruda, cujo tema era o PT, no dia 10 de julho. Guaranho realizou disparos contra o aniversariante, que tentou se defender, mas morreu no local. O atirador, bolsonarista assumido, também sofreu ferimentos e foi levado ao hospital, recebendo alta na noite de ontem (10). Guaranho é acusado de homicídio duplamente qualificado contra Arruda, e será julgado assim que se restabelecer.
