Justiça Argentina tenta inviabilizar o futuro político de Cristina Kirchner

Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina e senadora, foi condenada pela Justiça
A Presidente da Argentina, Cristina Kirchner após a segunda sessão de trabalho da reunião do BRICS (José Cruz/Agência Brasil)

A exemplo da mesma sacanagem que fizeram com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente do Equador, Rafael Correa, a Justiça da Argentina tenta usar todos artifícios possíveis para inviabilizar a carreira política da vice-presidente da Argentina e senadora, Cristina Kirchner. Ela foi condenada nesta terça-feira a seis anos de prisão por supostamente ter chefiado uma organização criminosa para desviar dinheiro do Estado. Ela nega as acusações e diz que é vítima de uma perseguição política. Cristina não será presa, já que tem foro privilegiado.

Na Argentina, o vice-presidente também ocupa o cargo de presidente do Senado e ela exerce as duas funções até o fim da gestão do atual presidente, Alberto Fernández, no próximo ano, e pode se candidatar a um terceiro mandato, mesmo com a condenação judicial de primeira instância.

Cristina ainda pode recorrer da sentença em outras instâncias da Justiça até chegar ao Supremo Tribunal Federal, num processo que pode durar anos. Se condenada em última instância, perderá para sempre o direito de ocupar cargo público.

A vice-presidente foi condenada por supostamente favorecer o empresário Lázaro Báez, um empreiteiro da região de Santa Cruz (a província onde os Kirchner começaram sua vida política) que conseguiu 51 contratos para obras públicas. Cristina foi inocentada da acusação de associação ilícita.

COMENTÁRIOS

POSTS RELACIONADOS

Regime de urgência para retirar a “função social da terra” da lei 8629/1993 é aprovado a toque de caixa

O projeto é visto como tentativa da bancada ruralista de enfraquecer a reforma agrária e flexibilizar normas ambientais e sociais, favorecendo o agronegócio e grandes proprietários. Especialistas alertam que a medida pode aumentar a concentração fundiária, expulsar comunidades tradicionais e comprometer a justiça agrária e ambiental, agravando desigualdades e conflitos no campo.

O direito do trabalho ainda respira

Danilo Santana, estudante Direito da PUC-SP O Direito do Trabalho ainda respira. Mesmo que esteja por aparelhos, ainda existe uma salvação, apesar dos esforços do