Jovem Pan faz sensacionalismo canalha com estupro de gestante

Mulheres do MTST exigem punição exemplar para anestesista e para a emissora que divulgou nome da vítima de violação sexual durante o parto

As mulheres do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto MTST protestaram hoje pedindo a condenação de anestesista e entraram com ação contra Jovem Pan em São Paulo e Pernambuco por expor vítima de estupro. Centenas de mulheres do MTST, integrantes do coletivo Mulheres em Movimento, protestaram nesta quarta (12) simultaneamente em São Paulo e Pernambuco. As ações pediram a punição exemplar do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, flagrado ao violentar uma gestante em trabalho de parto no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a manifestação aconteceu em frente ao Conselho Regional de Medicina, (Rua Frei Caneca, 1282).

“É inadmissível que as mulheres não estejam seguras sequer na hora de dar a luz”, diz Ediane Maria, coordenadora do movimento. “Os Conselhos de Medicina não podem se omitir diante dessa tragédia e tem como dever cassar o registro desse estuprador”.

O grupo entregou ao CREMESP uma representação demandando ações dos conselhos de medicina contra a violência de gênero e a violência obstétrica nos espaços de saúde, além da cassação permanente do registo profissional do anestesista. Na sequência, seguiram em marcha até a sede da rádio Jovem Pan, na Avenida Paulista, onde fizeram um escracho.

Foto: Divulgação MTST

As Mulheres em Movimento denunciaram a emissora por expor a identidade da vítima de Quintella. Ainda hoje, o coletivo protocolará uma ação no Ministério Público Estadual pedindo investigação e punição à emissora paulista. “Queremos que a Justiça seja feita”, diz Ediane. “A Jovem Pan é uma concessão pública e deve se pautar pela ética, ao invés de incentivar a violência; não podemos normalizar esse tipo de atitude que só degrada cada vez mais as mulheres em todo o país”.

Ediane Maria, do MTST. Foto: Comunicação MTST

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